APEC apoia a luta dos trabalhadores da Educação Pública do Paraná

A categoria enfrenta um desmonte, a precarização e terceirização do trabalho

Da Página do MST

A Articulação Paranaense por uma Educação do Campo (APEC), formada por 25 entidades, divulga nota em apoio aos dos trabalhadores e trabalhadoras da Educação Pública do Paraná. A categoria enfrenta um desmonte, a precarização e terceirização do trabalho a partir das políticas da gestão de Ratinho Júnior à frente do governo estadual. 

O ataque mais recente da administração pública é a publicação de um edital de contratação para professores e professoras temporários que altera a lógica de seleção.

A APEC existe desde 1990 e reúne organizações, entidades, movimentos sociais e populares do campo, sindicatos, instituições de ensino e associações e organizações que trabalham com a educação do campo no estado, entre elas o MST. 

Leia a Nota na íntegra:

Nota de apoio à luta dos trabalhadores e trabalhadoras da Educação Pública do Paraná

Nós, da Articulação Paranaense por uma Educação do Campo – APEC, prestamos nosso apoio e solidariedade à luta dos trabalhadores e trabalhadoras da educação da Rede Estadual de Ensino que ininterruptamente resistem de forma legítima contra a política de precarização da Educação Pública no Estado do Paraná.

Posterior a uma série de ataques do Governo Ratinho Júnior e o Secretário de Educação Renato Feder contra a escola pública no Paraná, com a terceirização dos agentes educacionais, fechamento de turmas, turnos, ameaças de fechamento de escolas do campo, sucateamento das escolas do campo com turmas multianos, militarização das escolas.

Um dos últimos e grave ataque à educação pública foi a publicação do edital 047/2020, de contratação de professores e professoras temporários que altera a lógica de seleção, exigindo cobrança de taxa para serem avaliados, realização de prova escrita aplicada por empresa privada sem licitação com gasto de 3,5 milhões de reais e que incidirá no desemprego de aproximadamente 20 mil profissionais devido à redução de vagas atrelada ao fechamento de turmas e turnos.

Além dessas implicações, é sanitariamente inadequado a realização de uma prova presencial que envolverá aproximadamente 90 mil interessados, tendo em vista que os números de contaminações dispararam no Paraná. A manutenção da prova ampliará a exposição ao contágio e contribuirá para colocar em risco a vida de milhares de paranaenses.

Apoiamos a luta pela revogação do edital 047/2020; a prorrogação dos contratos de professores, professoras e funcionários temporários em razão da pandemia; a manutenção do ensino noturno (regular e EJA) nas escolas militarizadas impositivamente; pela realização de concurso público para qualificar as condições de trabalho docente e o trabalho educativo; e pela manutenção do ambiente de diálogo e negociação como alternativa de solucionar os problemas educacionais que afligem o Paraná.

Todo nosso apoio a APP – Sindicato e seguimos comprometidos na luta intransigente contra a mercantilização da educação e da vida, em defesa dos serviços públicos, dos direitos sociais e, essencialmente, na construção coletiva de uma sociedade justa, igualitária e digna!

POR UMA EDUCAÇÃO PÚBLICA, GRATUITA, LAICA, DE QUALIDADE E GESTÃO ESTATAL!

EDUCAÇÃO DO CAMPO: DIREITO NOSSO, DEVER DO ESTADO E COMPROMISSO DA COMUNIDADE!

Curitiba, 20 de novembro de 2020