Trabalho Escravo

Nova edição da ‘lista suja’ do trabalho escravo tem 92 nomes e mais de 1.700 resgatados

Relação traz construtoras, mineradoras e empresas do setor agropecuário
Desde a criação dos grupos móveis de fiscalização, em 1995, mais de 56 mil trabalhadores foram resgatados. Foto: MPT-BA/Fotos Públicas

Por Rede Brasil Atual

Com 92 nomes, o governo atualizou e publicou nesta segunda-feira (5) a chamada “lista suja”, que inclui empregadores envolvidos com trabalho análogo à escravidão. A relação inclui mais de 1.700 resgatados em 19 unidades da federação. São mais casos em Minas Gerais, com 24 nomes, na Bahia (10) – com destaque para construtoras – e no Pará (nove).

Praticamente um terço dos resgates refere-se a uma só operação, ocorrida em 2018 em São Vicente de Minas (MG). A fiscalização resgatou 565 trabalhadores de uma comunidade religiosa.

Além de construtoras, a relação inclui empresas do setor de mineração, engenharia, agricultura e pecuária, entre outros. A “lista suja” foi criada em 2003 pelo extinto Ministério do Trabalho. Sua publicação chegou a ficar suspensa durante quase três anos, até 2017, devido a uma ação aberta por entidade patronal. No ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela constitucionalidade da portaria que regulamenta o documento.

Desde a criação dos grupos móveis de fiscalização, em 1995, foram resgatados mais de 56 mil trabalhadores de situação análoga à escravidão.

Confira aqui a íntegra da lista.