Solidariedade e luta por saúde pública marcam o abril em Minas Gerais

Por Coletivo de Comunicação do MST em MG
Da Página do MST

Durante a jornada em memória às vítimas do Massacre de Eldorado dos Carajás, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra realizou doações de alimentos ao povo mineiro, totalizando mais de 11,5 toneladas. Também houve plantios de centenas de árvores e o ato pela abertura do Hospital Regional em Governador Valadares.

No dia 7 de abril, dia mundial da saúde, o movimento se reuniu com a Frente Brasil Popular no Vale do Rio Doce para denunciar o esgotamento dos leitos na cidade e exigir o uso das estruturas que foram construídas e abandonadas pelo governo do Estado. A região doou cerca de 2 toneladas de alimentos às cidades no entorno dos acampamentos e assentamentos.

A região metropolitana realizou a Jornada Universitária pela Reforma Agrária, em parceria com a PUC Minas, no dia 15 de abril. A juventude ficou à frende do plantios de árvores no acampamento Pátria Livre, em São Joaquim de Bicas e no acampamento Maria da Conceição, em Itatiaiuçu. Faixas exigindo “Vacina para todos” e “Fora Bolsonaro”, também foram instaladas ao longo da BR 381, entre as duas áreas.

Encerrando a jornada, no dia 24, a regional construiu uma ação de solidariedade junto à ocupação Vitória, em Belo Horizonte. Foram distribuídas cestas de alimentos com frutas, verduras, legumes, feijão e farinha para alimentar as mais de 4 mil famílias que vivem no local. A atividade faz parte do projeto “Do Campo à Cidade” e seguirá fazendo ações de doação de alimentos ao longo de abril e maio.

O MST no norte de minas, numa parceria com Pastorais Sociais e movimentos populares, realizou a doação de 4,5 toneladas de alimentos produzidos nos assentamentos Eloy Ferreira, em Engenheiro Navarro; João Pedro Teixeira, em Olhos D’Água; Professor Mazan e Garrote, em Bocaiúva; Darcy Ribeiro, em Capitão Enéas; no acampamento da Fazenda Arapuim, em Pedras de Maria da Cruz; no assentamento Estrela do Norte, em Montes Claros; e na Escola Família Agrícola (EFA), localizada na Área de Experimentação do Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas – CAA.

“Nosso Movimento, que sempre foi construído com solidariedade de organizações e diversas instituições, é solidário com as famílias em situação de pobreza das periferias de Montes Claros. A reforma agrária, na prática, é ver a terra repartida com quem nela trabalha, é produzir alimentos saudáveis para a classe trabalhadora do campo e da cidade, é lutar por democracia”, destaca o coordenador regional do MST, Samuel Costa.

No domingo, 18, o MST no sul de Minas doou 4 toneladas de alimentos em Campo do Meio, e no dia 21 plantou de árvores em memória ao massacre, numa ação que também integra o Plano Nacional de plantio de 100 milhões de árvores em 10 anos.

Mudas de Ypês e Palmeiras ganharam a terra na região da Prainha, na beira do lago de Furnas, e também na entrada da cidade, e na Praça da Caixa D’água. As mudas são doação do Viveiro Terra de Quilombo, e a ação contou com o apoio da Secretaria Municipal de Agricultura e de Meio Ambiente.

*Editado por Fernanda Alcântara