Natal Sem Fome
Famílias do MST partilham 30 toneladas de alimentos na região Norte do Paraná
Por Setor de Comunicação e Cultura MST-PR
Da Página do MST
As famílias assentadas e acampadas do MST realizaram novas ações de solidariedade na região norte do Paraná, nesta última semana. Cerca de 30 toneladas de alimentos da Reforma Agrária foram distribuídos às famílias em situação de vulnerabilidade da região. Os municípios atendidos foram Porecatu, Florestópolis, Centenário do Sul, Ortigueira, Londrina e Rolândia, em que as partilhas somaram 24,5 toneladas, entre os dias 17 e 22 de dezembro.
Além destes municípios, famílias assentadas do MST no Norte Pioneiro também realizaram doação de cerca de 5,8 toneladas de alimentos, na última quarta-feira (22), nos municípios de São Jerônimo da Serra e Congonhinhas.
As cestas de alimentos foram compostas por feijão, arroz, mandioca, batata, legumes e verduras em geral, produzidas em hortas coletivas e espaços de produção agroecológicos das áreas de Reforma Agrária, além das cooperativas e agroindústrias do MST na região. Além destes itens, cada cesta continha leite, bebida láctea e panificados produzidos pelos coletivos de mulheres das comunidades. Parte das ações foram realizadas em parceria com a Comissão Pastoral da Terra (CPT).
A iniciativa faz parte da campanha “Natal Sem Fome: Cultivando Solidariedade para Alimentar o Povo”, organizada nacionalmente pelo MST com o objetivo de levar ajuda humanitária a quem sofre com a falta de comida na mesa. No Paraná, a expectativa é distribuir cerca de 95 toneladas de alimentos e 3 mil marmitas. As doações foram retomadas no dia 13 e seguem até o dia 23 de dezembro, em 30 cidades do estado.
José Damasceno, da coordenação estadual do MST, explicou às famílias durante a entrega dos alimentos que a ação do MST é uma forma de solidariedade entre os trabalhadores e trabalhadoras, que distribuem justamente o que produzem, não o que sobra, às famílias de trabalhadores/as que enfrentam a fome nas periferias urbanas.
“Durante a pandemia, chamamos a responsabilidade de defender a vida, de acordo com as orientações da ciência. Nós não estamos aqui para fazer caridade, mas sim solidariedade, pois estamos entre iguais, somos oriundos da pobreza, das periferias, e que hoje, graças a luta pela terra e o apoio da sociedade, hoje podemos repartir o melhor que temos em nossas áreas e nossas mesas, que é o alimento saudável, o qual contém muito trabalho e suor humano. Queremos estar junto com vocês, pois só o povo pode salvar o povo”, afirmou.
Para Rita, coordenadora do Coletivo Amigas de Rolândia e moradora do município que ajudou na organização das entregas, os alimentos chegaram em boa hora. “Somos muito gratas ao MST, nesta parceria onde já atendemos mais de mil famílias de Rolândia e do bairro Vista Bela em Londrina com esta parceria. São produtos de qualidade que chegam na mesa das pessoas na hora certa, pois muitas famílias não teriam uma alimentação adequada neste Natal. Que nossos corações sejam sempre solidários!”.
Solidariedade para enfrentar a fome
Cerca de 20 milhões de brasileiros passam um dia ou mais sem ter o que comer, e mais da metade da população do país (55%) vive em insegurança alimentar, com redução da quantidade ou da qualidade da alimentação. Os dados são de pesquisa feita pela da Rede Pessan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional), de 2020, e resumem a gravidade da crise econômica e social que o Brasil atravessa.
A campanha Natal Sem Fome do MST acontece em todas as regiões do Brasil, como parte da campanha de solidariedade que começou no início da pandemia da Covid-19. Ao todo, somente no Paraná, mais de 830 toneladas de alimentos foram partilhadas por famílias do MST de abril de 2020 até agora.
Saiba como ajudar quem mais precisa
A campanha “Natal Sem Fome” também convida a sociedade a se mobilizar e contribuir com as ações, com a compra de cestas de alimentos da Reforma Agrária.
Caixa Econômica:
Agência: 1231
Conta Corrente: 2260-1 OP 003
CNPJ: 11.586.301/0001-65
PIX: [email protected]
*Editado por Solange Engelmann