Educação e Agroecologia
Encontro debate Educação e Agroecologia nas escolas do campo no Ceará
Por Aline Oliveira
Da Página do MST
De 6 a 8 de abril, o Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST) recebeu a formação para coordenação político pedagógico ampliada do Projeto Educação e Agroecologia nas escolas do campo de territórios de Reforma Agrária. O projeto abrange todas as regiões do país, com participação de 11 escolas do campo, contemplando 2.194 estudantes. O encontro aconteceu no Centro de Formação Capacitação e Pesquisa Frei Humberto.
Denominado “Educação e Agroecologia nas Escolas do Campo de Território de Reforma Agrária”, projeto tem como objetivo ser uma ferramenta para ampliar o trabalho com a educação do campo nos assentamentos e acampamentos do país, contribuir para a construção da soberania alimentar e ambiental através do fortalecimento da Reforma Agrária Popular, ampliar o debate e ações concretas que estão em curso na esfera de educação e agroecologia e fortalecer o plano nacional “Plantar arvores , produzir alimentos saudáveis”.
“A implementação da Agroecologia nas escolas de educação básica possui uma importância fundamental na formação dos estudantes, pois tem a perspectiva de contribuir na construção de novas relações sócio ecológicas que estão pautadas no projeto de Reforma Agrária popular, nesse sentido traz presente a necessidade do vínculo orgânico entre as práticas pedagógicas que as escolas desenvolvem com as práticas sociais desenvolvidas pelas comunidades camponesas” destaca Dionara Soares, da Escola Popular de Agroecologia Egídio Brunetto (BA) e coordenadora do projeto.
Rosa Reis, da Escola Carlos Marighela (PA) e assentada da Reforma Agrária, ressaltou que “esse Projeto de Agroecologia vem contribuir nas atividades pedagógicas e na inserção da comunidade na escola, as atividades produtivas, o pensar e o fazer pedagógico para além dos muros da escola, o que a comunidade está produzindo dentro de debate da alimentação saudável, visualizando as futuras gerações. Em resumo, o Projeto vai garantir um aprofundamento teórico e prático do que já realizamos no dia a dia na comunidade escolar”.
O projeto terá duração de três anos e divide se em três etapas, a primeira é de mapeamento das realidades; na segunda etapa estão previstas formações em agroecologia para docentes e educandos; e no terceiro momento consolidar as práticas pedagógicas nas escolas inseridas no projeto e sistematização das experiências ocorridas. O Projeto é uma realização do Setor de Educação do MST com apoio da organização humanitária internacional Terre des Hommes.
*Editado por Fernanda Alcântara