Gastronomia popular marca os sabores da resistência e luta no Festival do MST em BH

Por Leonardo Koury Martins
Da Página do MST

No campo cultural, a gastronomia se expressa como a mais legítima transmissão entre a forma de se viver e as possibilidades de integrar saberes. As comidas e suas histórias se cruzam entre a Feira e o Festival na fraterna harmonia das lembranças e possibilidades de resistência sendo contraponto ao modelo industrial de alimentação.

Nesses três dias de muita música, luta e reencontros onde Belo Horizonte (MG) recebe o Festival Estadual de Arte e Cultura e Feira da Reforma Agrária e da Agricultura Familiar, muitos sentimentos foram despertados pelos gostos trazidos por diversas regiões de Minas Gerais. 

O arroz com pequi, a jaca, o peixe, a carne de sol transitam a partir dos cheiros e das cores para apresentar à população metropolitana uma cidade contida por todas as possibilidades que o campo fortalecido pode garantir a Segurança Alimentar e Nutricional da classe trabalhadora no país.

Emocionante se faz perceber que entre uma conversa e outra, entre as refeições e o convívio nascem as possibilidades de apresentar que a agroecologia é uma alternativa política real ao sistema agroalimentar posto e também como preservação dos saberes ancestrais.

A cultura alimentar de regiões como Norte de Minas, Vale do Jequitinhonha, Rio Doce, Sul e Zona da Mata, entre outras, garantiram em Belo Horizonte mais do que o ato de se nutrir a possibilidade de aproximar em comunhão as lutadoras e lutadores da reforma agrária. Fortalecer o campo e a cidade é uma responsabilidade de todas, todes e todos nós.

Os saberes e sabores não acabam neste domingo. Essa integração pode ser encontrada em mais 30 locais por todo o país e são conhecidos como Armazém do Campo. Na cidade de Belo Horizonte o Armazém do Campo se encontra na avenida Augusto de Lima, 2136, Barro Preto. É possível também adquirir produtos e alimentos da reforma agrária e da agricultura familiar pelo site https://armazemdocampo.shop/ . Fortaleça a reforma agrária, a gastronomia e a cultura popular.

*Editado por Lays Furtado