Em parceria inédita, MST realiza Feira da Reforma Agrária no Museu Théo Brandão, em Maceió (AL)

Por Gustavo Marinho

Da Página do MST

Camponeses e camponesas de diversas regiões de Alagoas já se organizam para mais uma edição da Feira da Reforma Agrária em Maceió, mas dessa vez, em novo endereço: o tradicional Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore. A Feira que acontece nos dias 25 e 26, reunirá uma representação do que é produzido nos acampamentos e assentamentos da Reforma Agrária em Alagoas, além de uma programação com atividades culturais gratuita durante todos os dias de atividade.

“Com muito orgulho voltaremos para Maceió com os frutos da luta pela terra, agora com a simbologia de estarmos dentro de um dos locais que representa, zela e fortalece a arte e a cultura popular, como o Museu Théo Brandão”, destacou Débora Nunes, da coordenação nacional do MST.

De acordo com Débora, a parceria com o Museu consolida mais uma estratégia de diálogo com a sociedade sobre o papel e a importância da Reforma Agrária e da alimentação saudável. “É mais um momento para chegarmos em mais pessoas, apresentando concretamente o que representa a luta pela Reforma Agrária, com a produção de comida sem veneno para chegar na mesa de quem também vive na cidade”, comentou.

Recebendo agricultores e agricultoras das cidades de Maragogi, Murici, Atalaia e Joaquim Gomes, uma variedade de produtos serão comercializados nos dias de Feira no Museu. “Assim como já é tradicional das nossas edições de Feira na Praça da Faculdade, a comercialização no Museu Théo Brandão também será marcada pela venda da produção com preço justo, direto das mãos de quem plantou e cultivou na roça”, finalizou Nunes.

“A Casa da Gente Alagoana”

Batizado como a Casa da Gente Alagoana, o Museu é hoje um equipamento cultural da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), criado em agosto de 1975. Seu nome homenageia o professor e folclorista Theotônio Brandão Vilela, que doou sua coleção de arte popular à Universidade.

O Museu localizado nas proximidades de uma praça palco de muitas lutas dos movimentos de luta pela terra em Alagoas, terá na Feira mais uma oportunidade de aproximar o espaço do povo alagoano.

“Abrir as portas do Museu Théo Brandão para receber a Feira da Reforma Agrária nos pareceu uma oportunidade ímpar de transposição do distanciamento observado entre o Museu e os movimento sociais que ocupam a praça, ao mesmo tempo em que se pauta a produção sustentável de alimentos e se fomenta a economia solidária e hábitos alimentares mais saudáveis”, ressaltaram Fabiana Rechembach e Hildênia Oliveira, idealizadoras da atividade. “Queremos promover a interação entre o espaço museal e o universo da cultura popular com esta coletividade”.

Toda a programação será aberta e gratuita ao público.

*Editado por Fernanda Alcântara