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Nota do MST sobre falecimento de Áurea Moretti
Da Página do MST
Nesta quinta-feira (15), o MST lamenta profundamente a morte de Áurea Moretti Pires, ex-militante do PCB e integrante da FALN (Forças Armadas de Libertação Nacional), movimento que lutou contra a ditadura civil-militar instaurada no país pela burguesia nacional e o imperialismo estadunidense para que as reformas de base propostas por João Goulart não atendessem as demandas da classe trabalhadora do campo e da cidade.
Áurea é uma heroína popular. Presa em 18 de outubro de 1969 pela OBAN, na cidade de Ribeirão Preto, foi torturada e ao longo de três anos e meio em detenção, passou por diversos cárceres do Estado de São Paulo, entre eles o Presídio Tiradentes.
Após sua soltura, foi constantemente vigiada e perseguida pela polícia política de Ribeirão Preto, cidade onde viveu até os seus últimos dias.
Ao longo de sua trajetória como presa política, testemunhou fatos que denunciam a violência produzida pela repressão envolvendo casos de assédio sexual contra mulheres, com destaque para caso da Madre Maurina Borges da Silveira. Sobre sua estada no Presídio Tiradentes, relembrou a greve de fome da qual participou em junho de 1972 em solidariedade aos casos de assassinatos que afloravam progressivamente dentro e fora da prisão.
Áurea Moretti sempre apoiou e esteve ao lado da luta pela Reforma Agrária no país e em Ribeirão Preto. O MST jamais esquecerá a sua luta por justiça social, liberdade e Reforma Agrária Popular.
O MST conclama!
Áurea Moretti: Presente! Presente! Presente!