Internacionalismo
Em Lusaka, mulheres do Partido Socialista realizam seminário sobre realidade zambiana
Por Brigada Internacionalista Samora Machel
Da Página do MST
E neste momento que devemos nos preparar para enfrentar dificuldades… unir, lutar e avançar. É neste momento que devemos estar conscientes e mais corajosas para lutar e nunca vacilar. E neste momento devemos ter em mente e compreender a causa da nossa luta”
–Josina Machel
Estudo, mística e luta são valores que também marcam o processo de organização das mulheres zambianas, que nos dias 6 e 7 de março realizaram, juntamente com a Brigada Internacionalista Samora Machel do MST, um conjunto de atividades do 08 de março na Zâmbia.
A programação do primeiro dia contou com diversos debates, entre eles, a mesa de abertura com representantes da coordenação nacional da liga de mulheres do Partido. “Queremos aprender como podemos contribuir para nossa nação e para o partido como mulheres. Porque não podemos construir uma nação sem a participação das mulheres”, ressaltou a Coordenadora Nacional de Campanha do Partido, Akende M Chundama.
Cuidados
Porém, o tema que marcou o dia foi o debate sobre a saúde das mulheres. Durante toda a tarde as mulheres conversaram sobre diversos assuntos que perpassam o cuidado com seu corpo e mente. Além disso, as mulheres também tiveram contato com o debate sobre a geração de renda a partir da exposição de fotos e uma pequena conversa sobre a produção de sabão de ervas com as mulheres de diversas comunidades da capital. Por fim, fecharam o primeiro dia de atividade com a exibição do filme “Mulher Rei”.
Do lado de cá do Atlântico, as mulheres da Brigada Samora Machel caminham juntas com as mulheres zambianas na auto organização, auto cuidado e estudos. O segundo dia de atividades do seminário foi marcado pela análise de conjuntura e o debate sobre gênero e violência, além da reflexão sobre análise de conjuntura na vida das mulheres zambianas marcou a maior parte do dia.
Luta e Resistência
Em meio a essa mística, as mulheres sem terra da Brigada Samora Machel partilharam com as companheiras do Partido o uso da chita como símbolo de luta, resistência e feminilidade, um elemento muito próximo da chitambala – uma espécie de lenço que elas usam na cabeça por aqui. “Mesmo separadas por um Continente, herdamos das nossas ancestrais africanas a capacidade de nos organizarmos e criarmos símbolos que também representam a nossa resistência. Aqui compartilhamos com vocês as sementes dos frutos desse processo histórico”, afirma Elizabet Conceição, educadora e coordenadora da Brigada Samora Machel.
Por fim, a tarde foi marcada pela construção de um momento de cuidado com elas e para elas. A perspectiva de fortalecer a auto estima pelo cuidado com a pele, as unhas e os cabelos por aqui caminha junto com o autoconhecimento sobre si e também sobre a saúde física e mental. Ou seja, é por si só também um ato político.
Já no dia 08 de março, as mulheres do Partido Socialista realizaram atividades em diversas localidades, desde a capital Lusaka com a participação na tradicional marcha das mulheres, talvez um dos maiores atos cívicos realizados no país, até o interior com ações de solidariedade.
Azimai power‼️ Poder para as mulheres‼️