Fake News
7 mentiras de bolsonaristas sobre o MST
Da Página do MST
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é um dos movimentos sociais de luta pela terra mais importantes da América Latina, que há mais de 39 anos organiza diversos processos de luta pela democratização da terra, ocupando latifúndio improdutivos para cobrar a Reforma Agrária Popular. Os trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra produzem alimentos saudáveis para a sociedade, por todo o país, preservando a natureza, lutando por educação pública, saúde, cultura e garantindo vida digna às famílias camponesas.
Mas, ao longo dos anos o MST tem sido vítima de criminalização e de inúmeras mentiras, principalmente por bolsonaristas na reta final da última campanha eleitoral, mas que seguem sendo produzidas em massa atualmente.
Confira 7 mentiras bolsonaristas contra o MST e a luta dos trabalhadores Sem Terra por Reforma Agrária no país. Se receber qualquer uma delas ou mesmo novas, denuncie!
1. “Jovem do MST” teria destruído relógio que foi presente a Dom João VI, em 1808, nos atos terroristas de 8 de janeiro, em Brasília
A informação falsa foi comprovada pela agência Lupa e o portal G1. O homem flagrado quebrando o relógio raro, dado de presente a Dom João VI em 1808, não é a mesma pessoa que o jovem que aparece usando a camiseta do MST.
O autor do ataque ao relógio foi identificado como Antônio Cláudio Alves Ferreira, de 30 anos, que morava na cidade de Catalão (GO). E foi preso em 23 de janeiro, em Uberlândia (MG).
A fake news é uma montagem grosseira que mostra mais uma vez, a utilização da mentira como uma das principais armas da extrema-direita brasileira. Confira informações da agência de checagem AQUI.
2. “Membros do MST” teriam incendiado carros usados por religiosas da Diocese de Marabá, no Pará?
A fake news divulgada em grupos de WhatsApp usou um acidente envolvendo o Padre Zeno e irmãs pequeninas, de Eldorado do Carajás, no Sudeste do Pará, para acusar movimentos sociais de reforma agrária, sob motivações políticas, de incendiar carros que estavam sob responsabilidade da Diocese de Marabá durante um retiro de descanso na Ilha do Ronco, no assentamento Castanhal Araras, em São João do Araguaia (PA).
A Diocese de Marabá, no Pará divulgou nota afirmando que, nenhum movimento social ou de reforma agrária teria envolvimento com o ocorrido, descartando também motivações políticas.
A mentira também foi confirmada pela agência de E-farsas veja AQUI.
3. Mentira de que o MST teria “ocupado supermercado em Natal e tomado o controle da empresa”
Outra informação falsa contra o MST. A ocupação que aparece no post foi promovida pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), em uma ação chamada “Natal sem fome”, e confirmada em nota pelo MLB Rio Grande do Norte. A fake news foi analisada pela agência Lupa, confirma na íntegra AQUI.
4. Acusação falsa de bloqueio pelo MST de águas do Rio São Francisco
Em nota, o MST repudiou a nova mentira e relembrou a defesa do direito ao livre acesso e a destinação das águas da transposição para os pequenos agricultores. No vídeo, também não é possível verificar que se trata de um protesto ou algo do tipo, mais parece uma obra para estabelecer a travessia entre as margens. A montagem mentirosa também foi confirmada pelo portal Boatos.org, confira AQUI.
5. Informação falsa de que o MST teria derrubado uma estação de transmissão de energia, no Amapá
Segundo análise da agência Lupa, o fato não teve nada a ver com o MST. O vídeo de 2 novembro de 2017, mostra manifestantes derrubando linhas de transmissão de energia na cidade de Correntina (BA), segundo a imprensa da região. O grupo era formado por moradores de comunidade ribeirinha do rio Arrojado, que denunciavam a irrigação da propriedade de ser responsável pela seca do rio. Confira verificação AQUI.
6. Mentira de que MST teria destruído lavoura da Café e mamão no Espírito Santo
O vídeo circulou nas redes sociais acusando o Movimento de destruir uma lavoura de café e mamão em Jacupemba, no Espírito Santo. Após pedidos de verificação por usuários do Facebook a informação falsa também foi confirmada pela agência Lupa. A publicação recebeu nota da Polícia Militar do estado, informando que, segundo os proprietários, a destruição teria sido motivada, provavelmente por vingança pessoal. Confira mais AQUI.
7. Acusação falsa contra o MST de sequestro a família e atear fogo em carro no Mato Grosso
Em 2023 as fake news contra o MST seguem circulando pelas redes sociais e internet. No último dia 2 de março, trabalhadores do MST foram covardemente acusados de sequestrar uma família e atear fogo a um carro no município de Lucas do Rio Verde (MT). Em verificação, a agência Aos Fatos descobriu que se trata de mais uma informação falsa para criminalizar a luta do MST e das famílias Sem Terra. Segundo as informações apuradas, a Polícia Civil de Mato Grosso negou que qualquer um dos quatro detidos tivesse relação com o Movimento. A peça falsa usa um vídeo em que uma das vítimas narra o crime, ocorrido em dezembro do ano passado, para associar a ação ao MST.
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