1ª Caminhada na Natureza
Caminhos da Reforma Agrária marca aniversário de assentamentos no PR
Por Rudison Luiz Ladislau*
Da Página do MST
No último domingo, 16 de abril, ocorreu a 1ª Caminhada na Natureza – Caminhos da Reforma Agrária, em Rio Bonito do Iguaçu, Paraná. O evento marca o aniversário dos assentamentos Ireno Alves dos Santos e Marcos Freire.
Na ocasião, mais de duzentas pessoas, oriundas de diversos municípios do Paraná e de outros estados, participaram da atividade que iniciou na Comunidade Centro Novo, assentamento Marcos Freire e percorreram um trajeto de 10 km, às margens do Rio Iguaçu, até a comunidade Alto Água Morna.
“Juntos fizemos acontecer um belíssimo evento em nosso território!”, afirmou Orlando Baim, dirigente assentado no assentamento Marcos Freire.
A proposta da caminhada foi construída desde antes da pandemia e faz parte de um planejamento de incentivo ao turismo rural. No entanto, sua realização só foi possível neste ano com o envolvimento de um coletivo representativo, composto por estudantes, professores, lideranças locais, lideranças externas, poder público, além de várias entidades. A caminhada tem sido encarada como um momento importante para a divulgação das belezas naturais dos assentamentos, da própria cidade Rio Bonito do Iguaçu, e visa também movimentar e desenvolver a economia do campo, além da divulgação da história da luta pela reforma agrária, bem como estreitar relações com a sociedade em geral.
Para Hamilton Belloni, secretário de Agropecuária e Meio Ambiente de Rio Bonito do Iguaçu, “foi um evento muito bem organizado onde pudemos mostrar as belezas do nosso Município e também as riquezas da nossa agricultura, principalmente dos nossos assentamentos.”
A caminhada fez parte das festividades de aniversário dos dois assentamentos de Rio Bonito do Iguaçu, que neste dia 17 de abril, completam 27 anos de conquista da terra. Há 27 anos, 17 de abril de 1996, era uma madrugada fria quando cerca de 12 mil homens, mulheres e crianças ocuparam parte do maior latifúndio do Sul do Brasil. A quebra do cadeado da porteira da Giacomet Marodin foi imortalizada pelo fotógrafo Sebastião Salgado, com uma imagem que nomeou “A luta pela terra: a marcha de uma coluna humana”.
São quase três décadas que as famílias vivem e trabalham nestas terras, contribuindo para o desenvolvimento social e econômico de toda a região.
**Editado por Fernanda Alcântara