Brigada Nacional Oziel Alves iniciou neste domingo (23), em Caruaru (PE)

Primeira etapa ocorre até o início de maio, em Caruaru. Foto: MST/PE

Por Francisco Terto
Da Página do MST

Turma Regional Nordeste I da Brigada Nacional Oziel Alves, ocorre no Centro de Formação Paulo Freire, no assentamento Normandia, e iniciou hoje (23) suas atividades com a participação de militantes dos estados de Pernambuco, Piauí, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.

Com 135 participantes, a abertura aconteceu com a mística que retratou o legado do jovem Oziel Alves, o resgate da luta pela terra e os desafios no campo da formação da política. Na região Nordeste, por questões geográficas, serão duas turmas, seguindo o mesmo critério metodológico de conteúdos e organicidade.

O objetivo do curso é formar militantes que irão se dedicar ao estudo e ao trabalho, para a formação de uma Brigada de caráter nacional e a projeção de dirigentes do MST no próximo período. Dividido em quatro etapas e em Centros de Formação dos estados participantes, o processo formativo deve culminar no 7° Congresso Nacional do MST, em julho de 2024, em Brasília.

O processo conta como indicativos pedagógico e metodológico a formação política de novos militantes, dirigentes e quadros políticos, com dimensões formativas que perpassam as esferas do estudo, do trabalho, da organicidade, mística, arte e cultura revolucionária.

Foto: MST/PE

A Brigada pretende preparar os coletivos de militantes para atuarem de forma coordenada, disciplinada e com objetivos comuns, numa formação que irá durar mais de um ano, aliando momentos de estudos e práticas organizativas nos territórios.

Com a simbologia do mês de abril, a Brigada inicia retomando a memória dos mártires de Eldorado do Carajás, que marca, em 2023, os 27 anos do massacre, quando 21 Sem Terra foram mortos, incluindo o jovem Oziel Alves, que antes de sua morte, não negou a sua pertença e convicção enquanto Sem Terra.

Marcando ainda a jornada rumo aos 40 anos do MST, a Brigada reforça a tarefa de projeção de uma geração de dirigentes com capacidade de atuar nas diversas frentes e nos diferentes desafios que a luta pela Reforma Agrária exige na atualidade.

No campo teórico, a formação deve abordar temas como economia política, as leis fundamentais do capitalismo, história política do Brasil, formação do povo brasileiro e as classes sociais no país, além da Questão Agrária e Ambiental, contemplando o processo de aprendizado a partir das diferentes linguagens artísticas e culturais. A primeira etapa vai até o dia 2 de maio.

*Editado por Gustavo Marinho