Agrotóxicos
Pastor influencer está entre presos por falsificação de agrotóxicos
Por Laura Braga
Do Metrópoles
Sete pessoas foram presas na Operação Hananias, da Polícia Civil de Goiás (PCGO), suspeitas de integrarem um esquema de falsificação e venda de agrotóxicos, além de lavagem de dinheiro que pode ter movimentado cerca de R$ 100 milhões. Segundo a corporação, entre os detidos estão um pastor evangélico, que também é influencer, e um guarda civil municipal de Minas Gerais.
A megaoperação foi deflagrada na última quinta-feira (15/6). No entanto, só foi divulgada nessa segunda (19/6). Uma aeronave avaliada em R$ 10 milhões foi apreendida na ação. Outros bens dos envolvidos acabaram bloqueados.
De acordo com a polícia, o esquema aconteceu há mais de cinco anos.
Em coletiva de imprensa, o delegado adjunto da Delegacia Estadual de Crimes Rurais, Marcos de Oliveira, afirmou que, além do crime de adulteração e venda de agrotóxicos, alguns dos presos são suspeitos de emprestar as contas bancárias para o recebimentos dos valores gerados no esquema.
Conforme a polícia, o pastor evangélico preso na operação estava no município de Cascavel (PR). Ele tem mais de 16 mil seguidores nas redes sociais e se define como “cristão, pastor e criador de conteúdo digital”. Já o guarda civil foi preso na cidade de Varginha (MG). Na casa dele, os policiais encontraram R$ 175 mil.
Em Goiás, a Polícia Civil prendeu a secretária de um dos presos na Operação Liderança, deflagrada no início deste ano e que também teve como objetivo o combate ao crime de adulteração e venda de agrotóxicos. A prisão ocorreu no município de Itumbiara, no sul goiano.
Movimentação de milhões
De acordo com o delegado Marcos de Oliveira, a suspeita é de que a associação criminosa tenha movimentado cerca de R$ 100 milhões em cinco anos com o esquema dos agrotóxicos.
Durante o cumprimento dos mandados de prisão e busca e apreensão, a polícia apreendeu uma aeronave avaliada no município de Jundiaí, em São Paulo, avaliada em R$ 10 milhões. Após a apreensão, o Estado de Goiás conseguiu na Justiça que o avião, de modelo King Air C90, fosse depositado judicialmente ao Corpo de Bombeiros.
Com isso, a corporação deve ser adaptada para ser usada como UTI móvel e auxiliar no resgate de pessoas que necessitem de um rápido transporte para o hospital.