Feira Estadual
Projeto de Lei propõe que Feira do MST entre no calendário oficial de Alagoas
Da Página do MST
A Feira do MST organizada em Alagoas há mais de 20 anos agora pode fazer parte do calendário oficial dos eventos do estado. O Projeto, de autoria do Deputado Estadual Ronaldo Medeiros (PT), foi apresentado nesta segunda-feira (26) e segue para aprovação na Assembleia Legislativa. A proposta sendo aprovada, coloca a Feira da Reforma Agrária oficialmente nas agendas estaduais.
“Os agricultores familiares da Reforma Agrária têm um vasto leque de produtos a fornecer à sociedade, com muito valor agregado”, pontuou o parlamentar através das redes sociais. “As Feiras da Reforma Agrária acabam por serem eventos que atraem os mais diversos públicos e, nada mais justo, que fortalecer essas iniciativas”.
Realizada anualmente sempre no mês de setembro, o Projeto 261/2023 demarca a semana em que ocorrem as edições da Feiras organizadas pelo MST em Maceió no calendário de eventos do estado, ao lado de outras agendas que posicionam as múltiplas dimensões culturais da região.
“A nossa Feira é de fato uma construção que já está marcada no imaginário da população maceioense e também dos acampados e assentados da Reforma Agrária”, explicou Débora Nunes, da coordenação nacional do MST. Segundo ela, a realização das Feiras ano após ano possibilitou a consolidação de um canal de encontro entre campo e cidade.
Fazer a Feira há mais de 20 anos, sempre no mesmo local e sempre no mesmo período, já posiciona a Feira da Reforma Agrária como uma atividade tradicional que mobiliza não só Maceió, mas uma série de outros municípios onde vivem os camponeses e camponesas que trazem para a capital a sua produção de alimentos”, sinalizou Débora.
Somente na edição de 2022, o MST reuniu na 21ª edição da Feira, mais de 150 feirantes vindos de todas as regiões de Alagoas, comercializando alimentos in natura, agroindustrializados, artesanatos e mudas. Além de uma variedade de atividades culturais, debates e um conjunto de ações que integram a programação dos dias de atividade.
“A Feira da Reforma Agrária materializa o que o MST quer para o campo e para a cidade: além da possibilidade de ter comida boa e sem veneno na mesa do trabalhador e da trabalhadora, a partilha da arte, da cultura, da saúde popular, da sociabilidade e do afeto como direito de todos e todas”, refletiu Débora, que também integra o Setor de Produção do MST.
*Editado por Fernanda Alcântara