CPI do MST

MST quer debater realidade do campo brasileiro e alagoano em diligência da CPI

Movimento vai trazer potencial do campo na produção de alimentos saudáveis em investigação feita em Alagoas
CPI do MST faz diligência em assentamento em Alagoas. Foto: MST

Do Brasil de Fato

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) aprovou diligência em assentamento do movimento em Alagoas onde funciona um curso universitário de agroecologia. A previsão é que a diligência aconteça amanhã, sexta-feira (11). Já na próxima terça-feira (15), a CPI recebe João Pedro Stedile, da direção nacional do MST. Para conversar sobre o assunto, o programa Central do Brasil desta quinta-feira (10) recebeu Débora Nunes, da coordenação do movimento. 

Segundo a liderança, apresentar e debater a realidade do campo brasileiro e alagoano com os deputados e a sociedade é a principal expectativa do MST. “A nossa expectativa é trazer os problemas, as demandas, as necessidades, mas sobretudo a potencialidade que o campo tem na produção de alimentos saudáveis no enfrentamento à fome e na geração de trabalho.”

Débora ainda afirmou que é preciso provar qualquer suspeita de irregularidade cometida pelo MST. Em depoimento na CPI na sessão desta quarta-feira (9), ex-moradores de um assentamento acusaram o movimento de extorsão e ameaças de morte. Em nota, o MST disse que não há provas para as acusações. “Nós entendemos que as acusações precisam ser investigadas, as pessoas precisam ser responsabilizadas. As palavras não podem ser jogadas ao vento.”

A CPI, segundo ela, já “nasceu morta”, apesar da tentativa de tentar criminalizar o MST. O objetivo, segundo Débora, foi “fazer com que o governo Lula não retomasse a reforma agrária no nosso país com a intensidade necessária.”

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