Visita de delegação baiana em SP discute intercooperação 

Por Coletivo Estadual de Comunicação do MST em São Paulo
Da Página do MST

A última quarta-feira (8) foi intensa no assentamento Pirituba, localizado em Itaberá (SP). Companheiros e companheiras do Setor de Saúde do MST na Bahia e também do setor nacional, além de Adalton Binas, coordenador do Programa Mais Médicos e representante da Secretaria Estadual de Saúde (BA), participaram de visita às experiências em saúde popular e fitoterápicos desenvolvidas na Regional Sudoeste. O objetivo foi conhecer mais de perto as práticas realizadas especialmente pela Cooplantas (Cooperativa de Produção de Plantas Medicinais), uma articulação de mais de 25 anos e organizada pelas mulheres assentadas.

As atividades começaram na Sede Regional do MST com uma prática integrativa em saúde. Os visitantes também puderam conhecer a história do MST na região sudoeste de São Paulo e as práticas de cooperação, agroecologia e produção de bioinsumos da Cooperativa da Terra. O dia seguiu com uma visita às instalações da Cooplantas, na Agrovila 5 e ao plantio de babosa no Sítio Agroecológico Panela Cheia.

As companheiras Nazaré Carvalho e Ivonete Fagundes falaram sobre a construção do trabalho das mulheres com fitoterápicos ao longo de mais de 25 anos até chegar à constituição da Cooplantas, em 2010. A produção de pomada milagrosa e multimistura se deram a partir da demanda concreta de tratar ferimentos dos adultos e deficiência nutricional das crianças durante o período de acampamento e início do assentamento. Os fitoterápicos surgiram também como forma de unir as mulheres. Hoje a Cooplantas é um espaço de trabalho e geração de renda para as mulheres, mas também de luta e resistência na terra.

De acordo com Edinaldo Correia Novaes, da Direção Estadual do MST/BA, o intercâmbio visa conhecer práticas concretas que contribuam na implementação de uma cooperativa de plantas medicinais na Bahia, especialmente articulada pelas mulheres; o fortalecimento da rede de fitoterápicos do MST dando visibilidade à importância da produção e geração de renda; além de intencionalizar a relação institucional entre Estado e organizações do campo também na área da saúde popular.

Como próximos passos estão previstos novos intercâmbios e a realização de um seminário na Bahia que contará com a participação das companheiras da Cooplantas.