No ES, acampamento produtivo Índio Galdino recebe maquinários agrícolas

Por Mariana Motta
Da Página do MST

Aliando a luta pela terra com a produção de alimentos saudáveis, os acampamentos produtivos têm melhorado a condição de subsistência das famílias acampadas e amplia o diálogo com a sociedade, quanto à importância da Reforma Agrária para o combate à fome e o desenvolvimento do país.

No dia 16 de fevereiro de 2024, as famílias Sem Terra acampadas receberam a conquista de um caminhão e um trator, por meio da luta junto aos mandatos da Deputada Estadual Iriny Lopes e do Deputado Federal Helder Salomão, ambos do Partido dos Trabalhadores no Espírito Santo. Os maquinários foram destinados a AGRA (Associação de Produção, Comercialização e Prestação Serviços aos Agricultores da Reforma Agrária), uma construção coletiva histórica, sendo a primeira associação criada em um acampamento respeitando os princípios organizativos do MST.

Celebrando essa conquista coletiva dos acampados e acampadas, foi construído um ato político de entrega dos equipamentos no acampamento Índio Galdino, no município de Aracruz. No ato, estiveram presentes a Deputada Estadual Iriny Lopes, o Prefeito de Aracruz Dr Coutinho, o Vice Prefeito Beto Vieira, o Secretário de Agricultura do município de Aracruz Gelcimar Grippa, a Superintendente do Incra Penha Lopes, da Sub Secretaria da Agricultura Familiar  Samir Serôdio e a militante e presidenta da AGRA (Associação de Produção, Comercialização e Prestação Serviços aos Agricultores da Reforma Agrária).  

Celebrando a conquista coletiva para o acampamento produtivo Índio Galdino, fortalecendo a agricultura familiar camponesa, que como diz o lema que a Reforma Agrária é uma luta de todos e todas, trazendo o compromisso com a reforma agrária e assim com a construção de uma nova sociedade mais justa e igualitária. 

Segundo Jocimara Batista de Souza, militante do MST e presidenta da associação, A AGRA foi criada em 2020 com objetivo de fortalecer as condições de vida e trabalho das famílias acampadas e fortalecendo a produção de alimentos saudáveis para o consumo e comercialização, sempre respeitando os princípios organizativos do MST, afinal, a associação é parte desse processo organizativo. 

É essencial ressaltar, que os acampamentos produtivos protagonizaram diversos momentos de ação de solidariedade de maneira especial durante a pandemia da Covid-19, com a doação de diversos alimentos produzidos pelas famílias acampadas no Espírito Santo, por exemplo, e em todo país. Porém, com a paralisação da reforma agrária, a criação de novos assentamentos torna-se ainda mais urgente, atualmente são mais 1.300 famílias acampadas na luta pela terra somente no Espírito Santo, em que os últimos assentamentos conquistados são de 2012, ou seja, há mais de dez anos.

*Editado por Fernanda Alcântara