Juventude Sem Terra
Jovens da região do Recôncavo realizam Jornada da Juventude Sem Terra na Bahia
Por Cadu Souza
Da Página do MST
Deu início na manhã desta quinta-feira (02) a 2ª Jornada da Juventude Sem Terra, organizada pela regional Recôncavo do MST na Bahia, no assentamento Nova Suíça, em Santo Amaro. A atividade ocorre até o domingo (05) e conta com a participação de cerca de 50 jovens da região.
A Jornada da Juventude Sem Terra tem o objetivo de ser um momento de formação e organização dos jovens camponeses, além de preparar para o 7º Congresso Nacional do MST que irá acontecer em julho deste ano. Eliane Oliveira, da direção nacional do MST, aponta que este momento é de diálogo e compreensão do papel da juventude nas áreas de acampamento e assentamento da Reforma Agrária.
“Está sendo um momento místico e importante para a juventude Sem Terra, tendo em vista que estamos nesta conjuntura ao qual a juventude precisa para além das reflexões e estudos, mas também de compreender qual é lugar e o papel dos jovens nas áreas de acampamento e assentamento”, afirma
Essa jornada aponta para o Movimento Sem Terra, neste momento rumo ao 7º Congresso Nacional do MST, em Brasília, a preparação e organização dos nossos jovens, que aqui estão reunidos junto com a direção estadual do MST, e colocam para nós, dentro desta conjuntura o que pensar sobre também políticas públicas para a juventude no campo”
Eliane Oliveira, da direção nacional do MST
Durante estes dias a juventude Sem Terra estará dialogando e refletindo sobre o programa agrário do MST, lembra Adelaide Assunção, do coletivo estadual de juventude do MST na Bahia. Para ela, a atividade fortalece a organização e dá aos jovens subsídios para que as ações possam refletir em seus territórios.
“Essa é uma Jornada de estudo, formação e organização da juventude Sem Terra para os próximo período até o nosso 7º Congresso Nacional, na expectativa de fortalecer o coletivo de juventude nos acampamentos e assentamentos, numa forma de estimular a liderança e organização dos jovens que vivem no campo, para que cada sujeito seja protagonista da suas próprias histórias”, encerra Assunção.
Participam da atividade jovens e militantes do MST, militantes do Levante Popular da Juventude, Quilombo, estudantes da UniLAB e UFRB, que se somam nos debates sobre a importância de agitar e organizar a juventude na luta pela conquista e efetivação de direitos. Na atividade também está participando Renata Menezes, do coletivo nacional de juventude Sem Terra, que reforça sobre a importância da mobilização da juventude em preparação ao 7° Congresso do MST.
“Esta 2ª Jornada da Juventude Sem Terra da regional recôncavo da Bahia faz parte do processo de mutirão de trabalho de base que o MST tem investido tempo e esforço em preparação ao 7º Congresso Nacional do MST. Nós da juventude entendemos que esses espaços de mutirão são encontros, acampamentos, escolas de formação, reuniões em núcleos e processos de formação a partir da arte e cultura em preparação ao congresso, para tratar sobre a Reforma Agrária Popular com a Juventude Sem Terra”, ressalta.
Menezes conclui “partindo da questão: ‘qual é o melhor assentamento que a gente pode ter para se viver enquanto jovem que está no campo?’, a gente entende que várias discussões vão ajudar a fomentar o que é o programa agrário para o MST e principalmente mobilizar a juventude nos nossos territórios”.
A programação conta com atividade de estudos, esportivas, artísticas e culturais, além de ato de solidariedade de doação de sangue.
*Editado por Fernanda Alcântara