Festival de Cultura Popular

Festival de Cultura Popular Camponesa mobilizou mais de mil pessoas em Ribeirão Preto (SP)

O festival recebeu diversos artistas e cerca de 900 refeições foram servidas no local
Foto: João Pompeu

Por Filipe Augusto Peres
Da Página do MST

No dia 1º de junho, o Centro de Formação Sócio-Agrícola Dom Hélder Câmara, localizado no assentamento Mário Lago, em Ribeirão Preto, recebeu o Festival de Cultura Popular Camponesa. Durante todo o sábado, o público pôde acompanhar shows de música popular, além de poderem consumir produtos e a culinária da terra preparados e produzidos em assentamentos e acampamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) da região de Ribeirão Preto.

Estima-se que pouco mais de mil pessoas passaram pela Feira, onde comercializou-se alimentos saudáveis, sucos, bebidas em geral, frutas, legumes, óleos essenciais, produtos de higiene produzidos a partir de ervas naturais, artesanatos entre outros. O espaço mobilizou pouco mais de 40 feirantes, do MST os quais estavam em 20 barracas, distribuídas na área da culinária da terra, disponibilizada no Centro de Formação.

Foto: João Pompeu

No espaço da Culinária da Terra foram comercializadas cerca de 900 refeições. A diversidade de comidas típicas foi o ponto alto do Festival, que apresentou para o povo da região de Ribeirão Preto mais de 20 pratos diferentes.

As atividades culturais tiveram destaque no Festival. Mais de 10 apresentações artísticas passaram pelo assentamento. O Hierofante, Zé Pinto, Fabius, Mineirinho, Bruno Sanches, Cacique e Pajé, Cantadeiras, Samba de Opinião, Encontros e Cantorias, Pereira da Viola e Maracatu Chapéu de Sol, ocuparam o palco da Festival, dando destaque à diversidade musical brasileira.

Foto: João Pompeu

O espaço da ciranda ofereceu aos sem-terrinhas durante todo o dia, formando por meio de brincadeiras e atividades educativas.

Manuela Aquino, da direção estadual do MST, comemora os números do Festival e destaca que esse será o primeiro de muitos outros que virão no futuro, comercializando comida saudável e alimentando a população com arte e cultura camponesa em defesa da Reforma Agrária Popular.

 “A gente está aqui hoje no primeiro festival da cultura popular camponesa, que para nós carrega um significado, uma simbologia muito grande, tanto no sentido dessa festividade, de poder ter esses elementos da cultura, então da culinária da terra, dos produtos que estão na nossa feira, da reforma agrária. Vindo de todos os nossos assentamentos e acampamentos, mas também trazendo essa arte e a cultura do campo à toda a população. É um processo que nós estamos retomando, e a gente celebrar toda essa arte, a cultura, a cultura camponesa, a cultura sem-terra com toda essa gente, nos leva a acreditar que este é o primeiro muitos”.

Foto: João Pompeu

Luciano Botelho, também da Direção Estadual, afirma que a realização do Festival de Cultura Popular Camponesa resgata o legado dos Encontros dos Violeiros e deixa essa marca para o MST de São Paulo e para a cidade de Ribeirão Preto.

 “O Festival da Cultura Popular Camponesa, para nós, é uma retomada de um marco histórico da cultura do MST, que o MST promove há muitos anos, do encontro de violeiros. A gente está fazendo aqui um reencontro das violas, dos companheiros de luta, e que permaneça esse espaço por muitos mais anos pra gente festejar a luta e projetar dentro da cultura, dentro da música, dentro da brincança da cultura, a nossa luta também”

*Editado por Carolina Sisla

Foto: João Pompeu