Reforma Agrária Popular

Feira do MST comercializa 502 toneladas de alimentos em Maceió (AL)

Realizada de 4 a 7 de setembro, 23ª Feira da Reforma Agrária reuniu 150 feirantes de todo o estado

Foto: Mykesio Max

Por Gustavo Marinho
Da Página do MST

Reunindo 150 feirantes vindos dos acampamentos e assentamentos da Reforma Agrária de todas as regiões de Alagoas, a 23ª Feira organizada pelo MST no estado chegou ao marco de 502 toneladas de alimentos comercializados entre os dias 4 e 7 de setembro, na Praça da Faculdade, em Maceió. Entre alimentos in natura e pequenos processados, a Feira possibilitou a comercialização de uma diversidade de mais de 150 itens.

“Essa é a demonstração da importância da Reforma Agrária em nosso estado”, comentou Margarida da Silva, da direção nacional do MST. “Durante esses quatro dias apresentamos concretamente o papel e a força da agricultura familiar e camponesa na produção de alimentos saudáveis para a mesa do povo brasileiro”.

Margarida destacou a ampla participação dos agricultores e agricultoras que se organizaram para participar da Feira e da necessidade de avanço nas políticas públicas que estimulem outras redes de comercialização e produção de alimentos.

Nossa Feira é realizada mais um ano graças ao empenho, organização e resistência dos camponeses e camponesas, mas precisamos seguir em luta para que essa expressão seja permanente em nosso municípios onde seguimos com a tarefa de produzir alimentos saudáveis”, explicou a dirigente.

Além dos alimentos in natura e processados, a Feira contou ainda com boa participação de artesanato vindo de áreas da Reforma Agrária, de comunidades rurais e organizações parceiras. “Nos corredores da Feira esse ano a gente conseguiu ter um bonito panorama de qual é o nosso projeto para Alagoas: com comida na mesa, com organização e participação popular, arte e muita sociabilidade”, pontuou Margarida, que é assentada em Atalaia, na Zona da Mata de Alagoas.

Foto: Ana Carolina

Com o apelo de ter mais edições da Feira por ano, a iniciativa do MST que já é incluída no calendário oficial do estado de Alagoas desde 2023, o Movimento destaca a realização das Feiras em outros municípios do estado, como é o caso de São Luiz do Quitunde, que recebe a Feira da Reforma Agrária entre os dias 18 e 19 de setembro

“Nosso objetivo é proporcionar o acesso à chegada dos alimentos saudáveis da Reforma Agrária em todo o nosso estado e a Feira é um importante instrumento de diálogo com a sociedade para que a gente possa convencer a população do papel dos camponeses e camponesas Sem Terra”, explicou Margarida.

Por Terra, Arte e Pão!

Foto: Thayane Massopust

Além do expressivo número de alimentos vendidos, a Feira atingiu o marco ainda da participação de 150 artistas populares que subiram no palco do “Festival do MST: por Terra, Arte e Pão!” nos diferentes grupos, bandas e coletivos culturais que se apresentaram todas as noites, com programação aberta e gratuita ao público.

Do coco ao reggae, passando pelo maracatu e pelo forró, as noites da Feira do MST reuniu milhares de pessoas diariamente no palco montado no centro da Praça da Faculdade.

“Eu apoio a Reforma Agrária”

Em agradecimento ao apoio do público presente na Feira, Débora Nunes, da coordenação nacional do MST, destacou a necessidade da relação entre campo e cidade seguir se fortalecendo nos próximos dias do ano. “Só é possível fazer essa Feira anualmente com o apoio da sociedade maceioense”, pontuou.

Foto: Mykesio Max

“Nós queremos poder contar com o povo de Alagoas na defesa da luta pela terra e da Reforma Agrária. A Feira só é possível por conta dessas lutas que são travadas diariamente. Por isso é fundamental que as bandeiras que celebramos esses dias de Feira continuem agitadas nos corações de quem vive na cidade”, concluiu.

*Editado por Fernanda Alcântara