Visita de Campo

Stédile lidera equipe em visita ao Instituto de Pesquisa de Suzhou, da Universidade Agrícola da China

Visita serviu para realizar pesquisas de campo e discussões sobre projetos de tratamento e utilização de resíduos orgânicos no Brasil

Por Instituto de Pesquisa do Ciclo Orgânico de Suzhou*

Nesta semana, João Pedro Stédile, da coordenação nacional do MST, Luiz Zarref e Chen Jie, da Associação Internacional de Cooperação Popular, visitaram o Instituto de Pesquisa do Ciclo Orgânico da Universidade Agrícola da China, em Suzhou. A visita serviu para realizar pesquisas de campo e discussões sobre o planejamento de vários projetos de demonstração de tratamento e utilização de resíduos orgânicos no Brasil. As duas partes trocaram opiniões sobre como promover ainda mais a implementação dos projetos.

Na terça-feira (8), Dean Li Ji, reitor da Universidade, liderou a delegação para visitar pela primeira vez o Centro de Demonstração de Utilização e Tratamento de Resíduos Orgânicos Urbanos e Rurais de Taihu e o Grupo de Tecnologia Hanbo na cidade de Linhu. Nestes locais, se apresentou o processo de tratamento de resíduos e principais equipamentos do centro de demonstração. Mais tarde, foram à fazenda ecológica de arroz de 500 acres e visitaram o experimento de posicionamento de longo prazo montado pela instituição. Os convidados brasileiros reconheceram a importância do modelo de reciclagem orgânica do Instituto.

Foto: Reprodução

À tarde, Stédile e a delegação realizaram um simpósio com o reitor Li Ji e outros convidados. No simpósio, Stédile apresentou o progresso do projeto no Brasil. O projeto recebeu forte apoio do governo federal brasileiro, de governos estaduais e de duas universidades. Em um novo ponto de partida para o 50º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e o Brasil, ele espera que a tecnologia de tratamento de resíduos orgânicos e os principais equipamentos do Instituto sejam aplicados no Brasil o mais rápido possível, além de outros países da América Latina. 

O Brasil planeja estabelecer dois centros de processamento, de 90 toneladas por dia e 5 toneladas por dia. Caroline Gomide, Professora Associada da Universidade, apresentou o planejamento do projeto. Já Luiz Zarref reforçou o diálogo entre a Associação Internacional para Cooperação Popular e o Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS, transmitindo a dedicação da Presidente do Banco, Dilma Roussef, e de membros relevantes do Governo Lula frente ao projeto.

Foto: Reprodução

O reitor Li Ji agradeceu ao Brasil por reconhecer o trabalho do Instituto e apresentou detalhadamente a base de trabalho e a visão de desenvolvimento da instituição, bem como as diferenças e semelhanças entre a China e o Brasil no campo do desenvolvimento agrícola. Ele disse que o Instituto pode fornecer planos de projetos mais direcionados para diferentes cenários de tratamento de resíduos no Brasil e sugeriu novas etapas de cooperação. 

Por fim, Stédile convidou o Instituto a enviar uma equipe para conduzir investigações e pesquisas in loco sobre as características dos resíduos e a tecnologia dos equipamentos na área proposta do projeto, de modo a acelerar a implementação no Brasil e fornecer biotecnologia brasileira. Segundo Stédile, esta visita promoveu ainda mais a cooperação entre a China e o Brasil na área de tratamento e utilização de resíduos orgânicos.

Pan Chengjie, vice-gerente geral de Zhongnong Xinke e diretor do Departamento de Projetos do Instituto de Pesquisa, Dr. Li Lijun, diretor do Centro de Fazenda Ecológica do Departamento de Pesquisa Científica, e o estudante de doutorado Chen Yanting também participaram das atividades.

Foto: Reprodução

*Da Universidade Agrícola da China.