Produção

Assentamentos do MST na Região do São Francisco (PE) destacam-se na produção de acerola

Safra impulsiona economia local e gera oportunidades para jovens permanecerem no campo, com escoamento para mercados regionais e nacionais
Foto: MST em Pernambuco

Por Ramiro Olivier
Da Página do MST

A região de Santa Maria da Boa Vista, em Pernambuco, registra mais uma “mega safra” de acerola, com uma produção diária de 75 mil quilos. A colheita é realizada em áreas de assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e por comunidades ribeirinhas, que superaram desafios climáticos para manter o volume de produção. A safra envolve assentados, acampados e agricultores familiares, consolidando a região como um importante polo de cultivo da fruta.

A produção é escoada por cerca de quatro caminhões, com capacidade média de 18 mil quilos cada, destinados a pontos de comercialização em Pernambuco, no Nordeste e em outras regiões do Brasil. O transporte garantiu o escoamento eficiente da acerola, contribuindo para a dinamização da economia local. A safra também tem impacto direto no comércio da região, que registra aumento nas vendas durante o período de colheita.

Foto: MST em Pernambuco

Segundo Ronaldo Rodrigues, da direção estadual do MST, a produção de acerola tem papel fundamental na geração de renda, especialmente para os jovens. Ele destacou que a atividade agrícola oferece oportunidades para que a juventude permaneça no campo, já que uma parcela significativa da mão de obra no cultivo da fruta é composta por eles. “Quando começa a safra de acerola, o comerciante local vende mais, e o ânimo da juventude é outro. Isso com certeza ajuda ao jovem permanecer no campo”, afirmou Rodrigues.

A safra de acerola segue em ritmo acelerado, e os agricultores atribuem o sucesso à luta dos trabalhadores e à Reforma Agrária. A produção não apenas fortalece a economia regional, mas também reforça a importância da agricultura familiar e da organização coletiva para o desenvolvimento sustentável das comunidades rurais.

*Editado por Fernanda Alcântara