Nota de Solidariedade às famílias da Ocupação Palestina Livre Luísa Mahin, no RJ

Da Página do MST

O MST expressa sua solidariedade às famílias da ocupação Palestina Livre Luísa Mahin e aos militantes do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), que ficaram feridos durante o despejo violento no último dia 7 de Setembro de um imóvel no centro do Rio de Janeiro. 

As ocupações na cidade do Rio de Janeiro fizeram parte da Jornada Nacional do MLB com o lema “Não há independência, nem soberania, sem direito à moradia”. O objetivo é denunciar que muitos prédios públicos estão abandonados, e devem ser destinados à moradia social. Não é CRIME lutar pelo direito constitucional à moradia, mas a violência policial é crime sim. A jornada denuncia o déficit habitacional, que afeta mais de 8 milhões de famílias, além da insuficiência das políticas públicas voltadas para habitação popular.

Grande parte das famílias que se encontravam na ocupação eram mães solo, mulheres negras chefes de família com suas crianças. Durante o despejo, nada fez a polícia retroagir, mesmo sabendo que iriam atacar crianças e idosas!

Repudiamos todo ato de violência orquestrada entre a Prefeitura Municipal do Eduardo Paes e o Governador Cláudio Castro durante a ação de despejo, deixando militantes e famílias (crianças, idosos) feridos. As ações truculentas das forças policiais acabaram por agredir também o Deputado estadual Professor Josemar e o Deputado federal Tarcísio Motta (PSOL), que buscavam, diante das suas prerrogativas legislativas, mediar o conflito para que não houvesse violência.

Nós que estamos na luta pela Reforma Agrária Popular e defendemos que tanto o campo e cidade sejam lugares em que todos e todas possam ter direitos, teto e comida saudável, reafirmamos nosso compromisso com as lutas sociais.

Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST no RJ