Educação
Educadores e educadoras em Alagoas se preparam para segunda fase da Jornada EJA nas áreas do MST
Realizado entre os dias 10 e 12 de outubro, o MST realizou em Alagoas a segunda formação dos educadores e educadoras da Jornada EJA Nordeste

Por Gustavo Marinho
Da Página do MST
Com representação de todo o estado de Alagoas, o Encontro de Formação dos Educadores e Educadoras da Jornada de Alfabetização e Escolarização ocorreu em Atalaia, no Centro de Formação Zumbi dos Palmares, na Zona da Mata Alagoana, com o objetivo de avaliar os primeiros passos da etapa de alfabetização das turmas de Jovens, Adultos e Idosos nas áreas de assentamento e acampamento da Reforma Agrária e planejar a próxima etapa do mutirão: a escolarização.
Com oficinas, rodas de debate, troca de experiências e socialização de vivências dentro e fora da sala de aula, a Formação possibilitou aprofundar um conjunto de reflexões e construção de sínteses para fortalecer a atuação dos educadores e educadoras nas turmas organizadas pelo MST nos municípios onde a Jornada está atuando.


“Essa é uma formação fundamental na etapa de organização de nossa Jornada”, refletiu Marcela Nunes, da coordenação da iniciativa. “Aqui tivemos a possibilidade de olhar os avanços no que diz respeito ao processo de alfabetização, que já iniciamos há alguns meses e, agora, poder avançar na organização do processo de escolarização dos nossos educandos e educandas”, comentou.
Marcela, que também integra o Setor de Educação do MST, ressaltou o papel da Jornada na organização dos acampamentos e assentamentos nesse período: “é inegável como uma sala de aula mobiliza a comunidade: são educadores, educandos, mas também todo o acampamento e assentamento envolvido no processo de alfabetização, acompanhando o desenvolvimento dos estudantes e entendendo a educação também como uma trincheira de luta na Reforma Agrária Popular”, explica.

“Por si só, esse já é um grande saldo da nossa Jornada, que segue até o fim do ano no exercício de cumprir com essas etapas iniciais da educação de jovens e adultos, mas que além disso pretende estimular e fortalecer a continuidade do estudo formal junto com aqueles e aquelas que tiveram esse direito negado”, sinalizou Nunes.
A programação aprofundou ainda debates sobre o planejamento de aulas, oficina para o trabalho com português e matemática com os educandos e educandas, além de aprofundar os principais temas que podem conectar o processo de escolarização com a vivência nas áreas de Reforma Agrária.
A Jornada organizada pelo MST em parceria com o Ministério da Educação (MEC), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), tem mobilizado aulas em acampamentos e assentamentos da Reforma Agrária em todos os estados do Nordeste, reafirmando a luta pela superação do índice de analfabetismo na região.

*Editado por Fernanda Alcântara