CNBB critica ”pressa” na votação do novo Código Florestal

 

Da Folha de S. Paulo

 

O secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Dom Dimas Lara Barbosa, criticou a formulação do novo Código Florestal, que está em discussão no Congresso.

Dom Dimas disse ontem que a CNBB se preocupa com alguns pontos do texto, entre eles a anistia para pessoas que cometeram crimes ambientais e a redução dos limites ambientais.

 

Da Folha de S. Paulo

 

O secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Dom Dimas Lara Barbosa, criticou a formulação do novo Código Florestal, que está em discussão no Congresso.

Dom Dimas disse ontem que a CNBB se preocupa com alguns pontos do texto, entre eles a anistia para pessoas que cometeram crimes ambientais e a redução dos limites ambientais.

Ele acrescentou que o novo código deveria tratar com mais respeito as populações ribeirinhas, indígenas e quilombolas. “Estamos trabalhando para discutir formas alternativas ao relatório [do novo código]. Nossa preocupação é que não seja votado de forma superficial, apressada”, afirmou Dom Dimas.

O relator da nova legislação, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), admitiu que o texto pode ser aperfeiçoado. Mas defendeu que a proposta atual protege os ribeirinhos e indígenas ao reduzir a área de preservação na beira dos rios.

Para ele, pela legislação atual, os ribeirinhos são consideradas ilegais. O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), já prometeu colocar o tema em votação até o fim deste mês. “Não temos pressa. A pressa é dos 5 milhões de pequenos agricultores que estão na ilegalidade [com a legislação em vigor]”, disse Rebelo.

A CNBB lançou ontem a Campanha da Fraternidade deste ano, cujo tema é ambiente e aquecimento global. A campanha abordará as razões das mudanças climáticas e tragédias ambientais.

Dom Dimas afirmou que, na campanha, a CNBB pretende criticar os setores que contribuem com o aumento do efeito estufa. Foram citados o agronegócio, a geração de energia suja, como petróleo, gás natural e carvão, e a questão do pré-sal.