Movimentos organizam manifestação em solidariedade a Carlos Lessa

Informativos – Últimas do MST
Movimentos organizam manifestação em solidariedade a Carlos Lessa

19/11/2004

O MST e outros movimentos sociais participam hoje, às 13h30, de manifestação em solidariedade a Carlos Lessa, demitido ontem da presidência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social). A atividade será no Rio de Janeiro.

O ato já estava planejado e pretendia defender a permanência de Lessa no cargo. Um manifesto de apoio a ele, assinado pelo membro da Coordenação Nacional do MST, Gilmar Mauro, pelo presidente da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), Maurício Azêdo, pelo professor titular da USP e presidente da Comissão de Defesa da República e da Democracia da OAB federal, Fábio Konder Comparato, e ainda pelos deputados Miro Teixeira (PPS-RJ) e Denise Frossard (sem partido-RJ) foi preparado por iniciativa do deputado Chico Alencar (PT-RJ).

Para Alencar, o “professor Carlos Lessa e sua equipes e empenharam na reconstituição do BNDES como banco público de fomento a um projeto de desenvolvimento nacional de geração de renda, emprego e soberania -compromisso do governo Lula”.

João Pedro Stedile, da Coordenação Nacional do MST também lamentou a saída de Lessa. Para ele, “Lessa via a função do BNDES como um banco público de investimento para viabilizar um novo projeto nacional de desenvolvimento”.

Segundo Stedile, “o Brasil precisa reencontrar seu rumo e ter uma política econômica que esteja voltada para a prioridade do pleno emprego e das verdadeiras necessidades do povo”.

Veja abaixo, a nota divulgada por Stedile:

“Lamento a demissão do professor Lessa porque ele defende a necessidade do governo brasileiro construir um novo projeto nacional de desenvolvimento. O professor via a função do BNDES como um banco público de investimento para viabilizar este projeto. Espero que sua saída provoque na sociedade brasileira e no governo Lula um amplo debate sobre a necessidade de um projeto para o Brasil.

O país está numa crise de destino. O povo rejeitou nas urnas o neoliberalismo ao eleger Lula, mas as forças conservadoras do capital financeiro e internacional mantêm a política econômica no mesmo rumo da gestão Fernando Henrique Cardoso, subordinando nossa economia.

O Brasil precisa reencontrar seu rumo e ter uma política econômica que esteja voltada para a prioridade do pleno emprego e das verdadeiras necessidades do povo.

Certamente o professor Lessa continuará contribuir com suas idéias para a construção desse projeto”.