Assentamentos do Rio Grande do Norte comemoram produção de sorgo no semi-árido

Sete assentamentos da região de Mato Grande, no Rio Grande do Norte, colhem 750 toneladas de sorgo no semi-árido. O cultivo foi implantado em novembro de 2003 para a subsistência das famílias, criação de peixes e aves e comercialização. Em 19 de julho, o assentamento Modelo, no município de João Câmara, receberá a primeira Festa do Sorgo, para o qual são esperadas cerca de 1.500 pessoas, entre representantes do governo estadual, Incra, empresas patrocinadoras do cultivo e a comunidade local.

A produção foi implantada com recursos do programa compra antecipada do governo federal, pelo qual a Conab (Central Nacional de Abastecimento) fornece verbas para o cultivo, que os assentados pagam com a própria safra.

O sorgo estava, até então, pouco difundido na região, mas se desenvolveu muito bem nos assentamentos do MST devido a sua adaptação ao clima e solo secos. A semente, similar ao milho, é utilizada na culinária como farinha e óleo. É um grão rico em amido e 9% de sua composição é fonte de proteína. Além da alimentação humana, o sorgo é utilizado na criação de animais.

Segundo Lucenilson Angelo, da direção estadual e do setor de produção do MST, este primeiro ano de cultivo ampliou muito a produção para a subsistência das famílias e incentivou outras culturas como a criação de peixes e aves. “Estamos, inclusive, iniciando a implantação de uma fábrica de ração para animais no assentamento de Lagoa Nova”, explicou.