II Conferência Nacional por uma Educação do Campo discute paradigmas sociais

No segundo dia da II Conferência Nacional por uma Educação do Campo, concepções de desenvolvimento do campo, políticas públicas para os camponeses e modelos de agricultura foram os temas das discussões. O evento reúne mais de 1.100 educadores e representantes de movimentos sociais, ministérios e governos, em Luziânia, em Goiânia, até 6 de agosto, quinta-feira.

O geógrafo e professor da UNESP Bernardo Mançano participou do painel “O Campo da Educação do Campo” e discutiu os paradigmas da educação rural e as estratégias do agronegócio para exclusão. Para o professor, o agronegócio é um novo modelo de desenvolvimento econômico da agropecuária capitalista. “A agricultura camponesa precisa de projeto. A educação camponesa não existe sem a agricultura camponesa”, diz o professor. De acordo com Mançano a população do campo está diminuindo. “São cerca de 32 mil proprietários que controlam a terça parte das terras do país”, comenta.

A conferência tem como tema principal “Por uma política pública de educação do campo”. O evento tem como objetivo fortalecer e ampliar a mobilização popular, socializar práticas e reflexões que vêm sendo produzidas na área, discutir estratégias de implementação das diretrizes operacionais para educação básica do campo e criar um currículo específico para o meio rural. O evento acontece Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI).