Assassinato de Sétimo Garibaldi continua impune

O assassinato do agricultor Sétimo Garibaldi, em Querência do Norte, no noroeste do Paraná, continua sem solução: o inquérito foi arquivado.

Garibaldi foi vítima de um disparo durante um despejo ilegal comandado pelo fazendeiro Morival Favoreto, em novembro de 1998. Passados seis anos e dez meses da ocorrência do crime, os órgãos de justiça competentes não tomaram ações efetivas.

Os depoimentos do grupo de sem-terra que foram despejados da fazenda na ocasião confirmam que os pistoleiros eram liderados por Favoreto e seu capataz Ailton Lobato. Existem mais provas nos processos que indicam a participação dessas pessoas nos crimes, entretanto as investigações não chegaram ao fim, apesar das várias solicitações do Ministério Público.

Insatisfeitas com a situação, organizações da sociedade civil, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), Centro de Justiça Global e Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares (Renaap), já levaram o caso à Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). Agora, será solicitado ao Tribunal de Justiça do Estado do Paraná a reabertura de inquérito, mediante mandado de segurança.