Em Itapeva, mulheres de assentamento do MST dedicam-se à horta terapêutica

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Em Itapeva, mulheres de assentamento do MST dedicam-se à horta terapêutica

23/11/2004

Quem visitou a Cooperativa do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, em Itapeva, sudoeste de São Paulo, no último sábado, viu uma organização de portas abertas à comunidade. Foi a comemoração dos onze anos da COPAVA – Cooperativa de Produção Agropecuária Vó Aparecida – que reuniu cerca de 300 pessoas entre assentados, autoridades locais, membros religiosos, estudantes, pesquisadores, etc. Entre os destaques da festa, o coletivo de mulheres que cultiva uma horta e estuda plantas medicinais.

Para melhorar a saúde de sua comunidade, assentada na região de Itapeva desde 1984, o grupo de mulheres encontra-se duas vezes por semana. Nas reuniões, estudam plantas, cuidam das 118 espécies da horta e elaboram produtos fitoterápicos. O maior objetivo deste setor da COPAVA é resgatar a cultura do uso de ervas sem efeitos colaterais.

Enquanto extraem o princípio ativo das plantas em seu pequeno laboratório caseiro, as 17 mulheres do coletivo discutem medicina preventiva. A iniciativa foi elogiada e ganhou parcerias. “Passamos a nos relacionar com os médicos da região e nosso trabalho deu um passo muito importante”, conta Patrícia Apolinário, uma das idealizadoras dos trabalhos no setor. Para ela, o contato com os médicos estimulou o trabalho do coletivo. “Constatamos que doenças tais como a anemia quase desapareceram quando passamos a unir às necessidades da população, o estudo dirigido das ervas”, afirma a assentada.