MAB intensifica ações em Tucuruí (PA)
Os atingidos pela barragem de Tucuruí (PA), acampados próximos às obras da eclusa da barragem há 25 dias, intensificaram suas ações na manhã de hoje (10). Os manifestantes exigem avanços nas negociações da pauta de reivindicação dos atingidos organizados no Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
Uma audiência pública com todos os envolvidos nas negociações, que estava prevista para esta manhã, foi adiada ainda ontem pela estatal Eletronorte. A situação se arrasta desde. “Estão nos enganando há 20 anos, não voltaremos para casa até não apontarem algumas soluções para os inúmeros problemas que esta barragem trouxe para este povo”, dizem as lideranças.
As lideranças do MAB denunciam que a Camargo Corrêa está jogando a opinião pública contra o MAB ao divulgar que o Movimento é o responsável pelas demissões de funcionários da empresa que trabalham na construção da eclusa. “A Camargo Corrêa está colocando trabalhador contra trabalhador, e atua da mesma forma como atuou quando construiu Tucuruí. Até hoje não foram resolvidos os problemas de todas aquelas famílias que foram impactadas pela barragem. Se não nos mobilizarmos neste momento, depois de concluída a eclusa, outra vez a Eletronorte e a Camargo Corrêa negarão todas as suas responsabilidades com o povo”, diz Rogério Hohn, liderança do MAB na região.
No local está montado um grande aparato de segurança para as estruturas das empresas, com a presença do exército, da polícia militar e de seguranças da Eletronorte.
