Presos políticos do MST em Alagoas completam 15 dias de detenção

Até o final desta semana, o parecer do relator designado para o caso das prisões dos Sem Terra José Roberto da Silva, Hercílio Leandro, José Carlos da Silva, Maria do Ó dos Santos e Josivânia da Silva deve ser enviado para votação. O pedido de habeas corpus feito pelo advogado dos Sem Terra, Daniel Nunes Pereira, deve ser julgado pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF), em Recife (PE).

Eles estão detidos nos presídios Cirydião Durval e Santa Luzia, na BR-104, em Alagoas. Mais de 200 trabalhadores e trabalhadoras estão acampados em frente aos presídios, exigindo a libertação dos Sem Terra.

“Nosso presos sabem que estão sendo injustiçados, mas a confiança não foi abalada. A crença deles nos ideais do Movimento não deixa que a esperança diminua”, afirmou Daniel Pereira, que visitou os Sem Terra.

Em Maceió (AL), cerca de 30 sindicatos, entidades estudantis e movimentos sociais divulgaram nota oficial na imprensa repudiando a prisão política dos líderes do MST e denunciando o retorno do arbítrio em Alagoas.

“Os cinco militantes do MST são acusados de crimes que não cometeram. O que está acontecendo nada mais é do que uma represália política de setores que não aceitam o fim do latifúndio e querem intimidar as parcelas sociais que se posicionaram contra a opressão”, afirmam os representantes das entidades subscritoras da nota de solidariedade aos militantes do MST.

A primeira liminar de soltura foi negada na semana passada e o MST de Alagoas pede a todos e todas que enviem, com urgência, um correio eletrônico ao Desembargador Federal PETRÚCIO FERREIRA, que irá julgar o caso, pedindo a libertação de integrantes do MST presos em Alagoas: [email protected]

Dom Pedro Casaldáliga pede soltura dos presos políticos em Alagoas

O Bispo Emérito de São Félix do Araguaia (MT) Dom Pedro Casaldáliga foi um dos primeiros a manifestar sua indignação. Em carta ao Desembargador Ferreira, o Bispo pede “um gesto de compreensão e de liberalidade com respeito aos trabalhadores rurais José Carlos da Silva, José Roberto da Silva, Hercílio Leandro, Vânia Silva e Maria do Ó dos Santos, presos desde o dia 26 de abril, durante uma audiência na Superintendência na Polícia Federal de Alagoas”.