No PR, Sem Terra queimam soja trangênica em frente à Bunge

Mais de 300 Sem Terra queimaram ontem quatro alqueires soja transgênica em frente à multinacional Bunge, na BR 466, próximo a Pitanga e Santa Maria do Oeste, região central do Paraná.

A queima ocorreu perto do entreposto da empresa, onde o tráfego de automóveis e caminhões foi fechado por algumas horas. “Foi uma forma de mostrar que queremos uma terra livre de transgênico e da política de monopolização da Bunge”, afirmou Diorlei dos Santos, da coordenação regional do MST. Santos conta ainda que a empresa é a principal responsável pela distribuição de sementes geneticamente modificadas no estado.

Os transgênicos destruídos são de Wilson Staciak, que descumpriu as normas do assentamento, que proíbe o plantio de soja transgênica. “O objetivo dos trabalhadores foi alertar os produtores da região para não plantarem transgênicos dentro dos assentamentos”, garante Santos.

Ocupação no Banco do Brasil

Para exigir a liberação de créditos do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), cerca de 250 trabalhadores e trabalhadoras do MST, ocuparam a agência do Branco do Brasil em Moreira Sales, região noroeste do Paraná.

A mobilização começou na segunda-feira (10) e foi até ontem. Os Sem Terra querem que o banco libere os créditos para o assentamento Nossa Senhora Aparecida, em Mariluz. Os recursos são do Pronaf Fomento, de R$2.400 por famílias, e do Pronaf Investimento, que libera R$16.500 para estruturar o lote.

Os assentados acusam o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e o Banco do Brasil de segurar o dinheiro, que estava na agência da cidade desde dezembro do ano passado e até agora não foi liberado.

No final da tarde de ontem, os assentados fecharam acordo com o superintendente do Incra no Paraná, Celso Lisboa de Lacerda e desocuparam o banco. Lacerda prometeu que em 10 dias os problemas burocráticos serão resolvidos e os créditos liberados.