Nota de repúdio às denúncias contra o MST no RS

A respeito das denúncias que vem sendo veiculadas sobre o MST no Rio Grande do Sul o Movimento Sem Terra afirma: 1. O MST vem sendo alvo de uma operação organizada pelo grupo de comunicação RBS em conjunto com as polícias gaúchas, que tem o objetivo de criminalizar o Movimento e construir uma imagem negativa da organização na sociedade.

A respeito das denúncias que vem sendo veiculadas sobre o MST no Rio Grande do Sul o Movimento Sem Terra afirma:

1. O MST vem sendo alvo de uma operação organizada pelo grupo de comunicação RBS em conjunto com as polícias gaúchas, que tem o objetivo de criminalizar o Movimento e construir uma imagem negativa da organização na sociedade.

2. As denúncias pretendem confundir a opinião pública que está indignada com a impunidade do Massacre de Carajás. Nesse momento em que há uma pressão mundial pela punição ao Massacre de Eldorado dos Carajás, que completou 10 anos no 17 de abril, este grupo de comunicação dá ampla divulgação à denúncias infundadas de militantes expulsos dos acampamentos para tentar transformar o movimento de réu em culpado.

3. As denúncias são infundadas. A história de mais de 20 anos do MST comprova que nossa organização se construiu combatendo todas as formas de violência, procurando conquistar vida digna para as pessoas excluídas. Só no Rio Grande do Sul são mais de 13 mil famílias assentadas a partir da luta do nosso Movimento. As entidades e pessoas que acompanham nossa trajetória sabem que essas denúncias de que em nossos acampamentos a violência é generalizada e de que estimulamos consumo de drogas são no mínimo absurdas.

4. Quem denuncia são pessoas expulsas dos acampamentos. Os acampamentos são espaços coletivos em que as famílias acampadas constroem juntas as regras de convivência. Infelizmente, há sempre pessoas que desrespeitam os acordos coletivos e por isso são expulsas. Algumas dessas pessoas expulsas é que estão sendo usadas pelo grupo RBS e pelo Governo do Estado, através dos aparatos de segurança pública, para tentar criminalizar e principalmente jogar a sociedade contra o MST.

5. O grupo RBS e o governo gaúcho estão tentando criminalizar o MST porque são defensores do latifúndio e do agronegócio, e o nosso movimento luta por reforma agrária, por soberania alimentar e agricultura camponesa.

Seguiremos organizando famílias e lutando para conquistar terra para quem nela quer trabalhar!

Direção Estadual do MST

Porto Alegre, 18/04/2006