Luta pela Reforma Agrária continua no Pará

Apesar das recentes ameaças e prisões de trabalhadores rurais no Pará, a luta pela Reforma Agrária continua no estado. Na terça-feira (13/06), cerca de 2 mil Sem Terra reocuparam uma área grilada pela empresa Quamasa Amazônia S.A., que pertence ao Grupo Quagliato. Em 27 de março, 600 famílias foram violentamente despejadas do local por ordem judicial.

O grupo também se diz proprietário da Fazenda Rio Vermelho, no município de Sapucaia, além de outras oito áreas. A fazenda tem 26 mil hectares e foi ocupada no início do ano por 450 famílias. Durante a reintegração de posse, em 27 de março, o trabalhador rural Alberto da Silva Lima, conhecido como Tim Maia, foi preso.

Outro Sem Terra, Waldomiro Costa Pereira, também está detido na comarca de Curionópolis. O MST deu início a uma campanha de envio de cartas para a Desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, Drª Therezinha Martins da Fonseca, pedindo que seja deferido o hábeas corpus em favor dos dois presos. Segundo a defesa de Pereira e Lima, não há elementos suficientes para que eles permaneçam presos. Além disso, o MST entende que os conflitos no campo paraense não serão resolvidos com a detenção dos trabalhadores rurais. Para participar, envie fax para o Tribunal de Justiça: (91) 3218-2454 ou um correio eletrônico para:

Desembargadora THEREZINHA MARTINS DA FONSECA: [email protected]