Brasileiros protestam contra ataques ao Líbano e Palestina

Na manhã de hoje, cerca de 60 libaneses foram mortos pelos mísseis israelenses. Mais de meio milhão de pessoas já fugiram de casas e vilarejos com medo de novos ataques. Ontem, uma criança brasileira de oito anos foi assassinada. Para as organizações árabes no Brasil, os movimentos populares e os partidos do campo democrático e de esquerda, a situação é insustentável.

Em manifesto destinado ao governo brasileiro, eles pedem que o Estado exija a “cessação imediata dos ataques do exército israelense ao Líbano, que constituem violação inaceitável da soberania e integridade do povo libanês e que já mataram e continuam ameaçando a vida de milhares de cidadãos brasileiros no território libanês”. Mais de 20 mil brasileiras e brasileiros vivem no país. Ontem um vôo da FAB (Força Aérea Brasileira ) trouxe 85 pessoas para São Paulo.

No Manifesto em Defesa da Convivência Internacional Pacífica, os movimentos e organizações pedem que a ONU tenha resoluções sobre o tema, principalmente sobre o não reconhecimento da Palestina como um Estado soberano por Israel. Nessa semana, os Estados Unidos se recusaram a votar a proposta de cessar fogo no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). O premiê israelense, Ehud Olmert, agradeceu publicamente o posicionamento.

Hoje em São Paulo será realizado às 16h00 um ato na Assembléia Legislativa do Estado. O protesto contra os ataques israelenses acontece no Auditório Teotônio Vilela.

Amanhã, trabalhadores e trabalhadoras da Via Campesina se reunirão em Brasília (DF).

Na sexta-feira (21/07), a comunidade árabe e islâmica de Santa Catarina realizará um ato no Mercado Público de Florianópolis a partir das 13h00. “É inconcebível que a comunidade internacional se cale diante dos milhares de palestinos e libaneses aprisionados por Israel injustamente durante muitos anos, ao mesmo tempo que se enlouquece pela captura de três soldados israelenses por alguns dias!”, divulgou em nota a Comunidade Árabe e Islâmica de Santa Catarina