Em São Paulo, movimentos exigem cessar-fogo de Israel

A Praça da Sé, no centro de São Paulo, será palco hoje de uma manifestação de apoio e solidariedade aos povos árabes. O ato, que tem início às 15h00, é convocado pelo recém criado Comitê de Solidariedade aos Povos Árabes, que conta com a participação do MST, da União Nacional dos Estudantes (UNE), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Marcha Mundial das Mulheres (MMM) e de representantes das comunidades palestina e libanesa de São Paulo, além de outros movimentos sociais, sindicatos, parlamentares, movimentos de direitos humanos e partidos políticos de esquerda.

O ato tem três pontos básicos de reivindicação: a retirada imediata das tropas israelenses do Líbano e da Palestina; cessar-fogo imediato; e exigir que o governo brasileiro se posicione de maneira contrária à ofensiva militar na ONU (Organização das Nações Unidas) e que não assine o tratado de livre-comércio Mercosul-Israel.

“O apartheid de Israel vem sendo construído desde 1948 sob os escombros de uma pátria onde antes conviviam cristãos, judeus e muçulmanos palestinos. A Palestina, região disputada por inúmeras potências colonialistas, é hoje o novo “Gheto de Varsóvia”, onde tropas invasoras procuram criminalizar toda e qualquer ação de legítima resistência de um povo que, com paus e pedras, combate àquele que é considerado um dos mais bem armados exército do mundo, o exército israelense”, afirma Marcelo Buzetto, integrante do MST e um dos representantes do Comitê de Solidariedade.

Essa é a primeira manifestação convocada pelo Comitê de Solidariedade aos Povos Árabes, que se formou na última terça-feira (18/07). A próxima reunião do comitê deve tirar um planejamento das ações seguintes. Além de panfletagem, outros atos devem ser organizados.

Cerca de 20 mil brasileiros e brasileiras vivem hoje no Líbano. Desde o início dos bombardeios israelenses, a FAB (Força Aérea Brasileira) organizou a retirada de centenas deles.