Movimentos sociais se unem à UFF em mais uma edição do Realidade Brasileira

A Universidade Federal Fluminense (UFF) e movimentos sociais do campo e da cidade iniciam amanhã no Rio de Janeiro mais uma edição do curso de extensão Realidade Brasileira, uma parceria que começou em 2003 e visa discutir e divulgar o papel da universidade pública, ampliando o acesso ao conhecimento produzido.

“Ciência para a Revolução Social: A relação da Universidade e os Movimentos Sociais” é o tema da palestra com Lucia Neves, pesquisadora da Fundação Osvaldo Cruz; Geraldo Gasparian, representante da Escola Nacional Florestan Fernandes, do MST; e Adriana Facina, professora do departamento de História da UFF e membro da Coordenação Política e Pedagógica do curso, que acontece no Auditório Milton Santos, do Instituto de Geociências da UFF, a partir da 19h00.

O curso Realidade Brasileira vai durar um ano (292 horas/aula) e pretende gerar reflexões sobre as condições de vida, trabalho, saúde e cultura dos trabalhadores a partir da obra de pesquisadores como Darcy Ribeiro, Paulo Freire, Florestan Fernandes e muitos outros.

Conjugando prática e teoria, o curso investirá em atividades coletivas, enfatizando a importância de valores humanitários e agregadores na construção de um projeto popular para o Brasil. A cada mês, os 120 estudantes ficarão alojados durante um fim de semana no campus do Gragoatá, da UFF. Divididos em equipes, os alunos ajudarão também nas tarefas relativas à memória do curso, à alimentação, à limpeza, entre outras. O objetivo é envolver os estudantes e desenvolver a disciplina e a integração.

Entre os movimentos que coordenam esta edição do curso Realidade Brasileira estão o MST, a Frente de Luta Popular (FLP), a Marcha Mundial de Mulheres, e o Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD). Todos os alunos são ligados a sindicatos, ONGs ou movimentos sociais. As inscrições estão encerradas.