MST lança 6º Concurso Nacional de Arte-Educação

Na terça-feira (28/11), durante a 1ª Jornada Estadual de Educação na Reforma Agrária do Paraná, foi lançado o 6º Concurso Nacional de Arte-Educação do MST, com o lema “Como fazer a escola transformando a história?”.

O propósito do concurso é debater a importância da escola como espaço de transformação rumo à libertação do ser humano de todas as formas de discriminação, além de fortalecer a participação das famílias Sem Terra nas escolas dos assentamentos e acampamentos.

“Quem vai participar do processo é a base social do Movimento, discutindo qual a escola que precisamos para fazer a mudança social”, explica o especialista em Educação do Campo e integrante do setor de educação do MST, Marcos Gerke.

No ato de lançamento também foi apresentado o histórico dos cinco concursos anteriores. Segundo Gerke, até o 5º concurso o trabalho era feito com redações e desenhos, mas neste a idéia é incluir outros elementos de arte e educação, contemplando as várias formas de linguagem.

A atividade acontece até outubro de 2007 em todo o Brasil e será dividida em dois momentos. No primeiro, as famílias realizam encontros para discutir a educação nas escolas do MST e a importância da arte no processo de formação. Em seguida, serão elaboradas produções de trabalhos artísticos, envolvendo comunidade e escola. Cada comunidade vai produzir uma obra coletiva ou individual, com ações que ajudem a transformar a realidade onde vivem.

Após a apresentação do concurso, foi realizado o lançamento do CD “Canções para a Liberdade”, com músicas compostas pelos Sem Terra de Querência do Norte, região noroeste do Paraná. O trabalho conta com 11 músicas e um poema, retratando a luta e os sonhos dos camponeses do MST.

Foi lançado também o livro “Exercitando a cidadania no campo: A educação popular com os trabalhadores Sem Terra”, que buscou analisar as demandas na área de saúde e educação das famílias do assentamento São Joaquim, em Teixeira Soares.

O livro foi construído através de oficinas, pesquisa participativa e estágios de vivência com os assentados. A elaboração dos textos foi feita por professores e estudantes de áreas diversas da Universidade Federal do Paraná e organizada pela professora de pedagogia da UFPR, Sônia Fátima Schwendler, uma das coordenadoras do Pronera (Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária).