Brasil deve lutar por aumento do mínimo, afirma CUT

Ao mesmo tempo em que a Central Única dos Trabalhadores (CUT), juntamente com outros movimentos sindicais, se mobiliza para aumentar o salário mínimo para R$ 420,00 no próximo ano, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) decidiu aumentar os salários dos integrantes dos promotores e procuradores do Ministérios Públicos Estaduais nesta semana

O teto salarial será agora de mais de R$ 24 mil. O valor é superior ao teto estabelecido pelo país, que é de pouco mais de R$ 22 mil. Para Artur Henrique, presidente da CUT, alguns poderes da República usam mecanismos para se beneficiar e esquecem que a maior parte da população vive somente com um salário mínimo, atualmente de R$ 350,00.

“Isso causa indignação na sociedade como um todo. Quando nós enxergamos uma postura como essa de determinados poderes da República, que têm mecanismos próprios para aumentar seus salários, quando na verdade deveriam trabalhar para aumentar o salário mínimo, que beneficiaria diretamente 40 milhões de pessoas. A co-relação de força que está colocada para nós neste momento, é de indignação com relação a esse tipo de proposta que se apresenta a uma parcela muito pequena de trabalhadores.”

O procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, entrará com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a aprovação do teto salarial dos funcionários dos Ministérios Públicos Estaduais. Ele alega que a decisão do Conselho fere a constituição brasileira ao estabelecer salários maiores que os permitidos para a categoria.

A 3ª Marcha Nacional do Salário Mínimo, promovida por diversas centrais sindicais, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), nesta quarta-feira (06/11), em Brasília, conta com a participação do MST.

Ao lado de mais de 10 mil integrantes de centrais sindicais e outros movimentos sociais de todo o país, cerca de 300 trabalhadores rurais do MST vão exigem salário mínimo de R$ 420 em março e a correção da tabela do Imposto de Renda em 7,7%.

(Com informações da Agência Notícias do Planalto)