Indígenas Apolima Arara ocupam sede do Ibama no Acre

Com informações do Cimi

Desde o dia 18 de novembro, indígenas Apolima-Arara reivindicam uma solução para o conflito existente na Terra Indígena do Arara do Amônia, em Marechal Thaumaturgo (AC), causado por autorizações emitidas pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para retirada de madeira e construção de casas para os não-índios, ocupantes da terra indígena.

A construção das casas é fruto de um convênio entre o Ibama e o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), que não consideraram o laudo de identificação da Funai (Fundação Nacional do Índio) constatando aquela área como terra indígena.

Em 14 de dezembro, o superintendente do Ibama declarou que não impediria a retirada de madeira e chegou a pedir para os índios esperarem mais um mês acampados na sede da Organizações dos povos indígenas do Rio Juruá. No dia seguinte, os indígenas ocuparam a sede do Ibama no município de Cruzeiro do Sul.

“Lamentamos profundamente que a situação tenha chegado a esse ponto e já não temos mais o que fazer, infelizmente. A omissão e o não cumprimento de acordos, por parte das autoridades, não nos permite mais acreditar que resolverão o problema”, afirmou Lindomar Padilha, do Cimi (Conselho Indigenista Missionário).

Os indígenas garantem que não vão sair do edifício até que exista uma solução concreta para a situação.