Em 2006, jornalistas contabilizam o maior número de assassinatos da história

Por Danilo Augusto
Fonte: Agência Notícias do Planalto

A falta de punição em casos de violência contra jornalistas foi uma das razões de 2006 ter sido o ano mais violento para a categoria, segundo a Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ). Em 2005 o número de profissionais de mídia mortos, que foi de 154, já preocupava as entidades de defesa dos profissionais. No ano passado, foram 155 jornalistas assassinados e outros 22 morreram em conseqüência de acidentes de trabalho no exercício da profissão. Estes números são considerados pela FIJ como um recorde para a categoria.

O conflito no Iraque é um dos principais responsáveis por tantas mortes. Desde 2003, quando começou o conflito, em torno de 103 profissionais foram assassinados, mais da metade apenas em 2006. Na América Latina, os dados mostram que 37 equipes de meios de comunicação foram assassinadas em países como o México, Colômbia e Venezuela. Na Ásia este número é de 34, resultado dos ataques nas Filipinas e no Sri Lanka. A Federação ainda em janeiro deste ano, vai detalhar em um documento como ocorreram estas mortes, para que algumas providências sejam encaminhadas.

Um relatório anual do Instituto Internacional para a Segurança da Imprensa analisou estes dados e os considerou preocupantes. Segundo esse levantamento, as mortes ocorreram em sua maioria por tiros, espancamento e até mesmo esfaqueamento.