Justiça nega direitos a militante do MST e professor universitário preso em São Paulo

Por Marcia Correia
Agência Notícias do Planalto

O professor universitário e integrante do MST, Marcelo Buzetto, continua preso na Penitenciária de São Miguel Paulista, em São Paulo. Na quarta-feira, 31, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou direito à prisão especial solicitado pela defesa. O advogado da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos, Aton Fon, afirma que a prisão de Buzetto é ilegal.

“Não podiam tê-lo prendido, porque a condenação ainda está sujeita a julgamentos de alguns recursos. O Tribunal, por exemplo, pode absolvê-lo. Ele está cumprindo uma pena agora, e se ele for absolvido depois? A segunda coisa é que ele tem direito, como professor universitário, à prisão especial. Não tendo o local, ele deveria voltar à mesma situação que estava anteriormente.”

Em 1999, Buzetto foi acusado de participação em roubo e receptação de três caminhões de macarrão e carnes, na cidade de Porto Feliz, interior de São Paulo, em um acampamento do MST. Buzetto cumpria pena de seis anos e quatro meses em liberdade porque não havia vaga no regime semi-aberto – em que o preso trabalha na prisão. No último dia 19 de janeiro, ele foi preso quando surgiu a vaga.

Algumas entidades organizam manifestos para a libertação do professor. É o caso da Associação dos Docentes da Unesp (Adunesp), que divulgou uma nota pedindo apoio da sociedade civil organizada para garantir justiça no caso.