Cinco universidades brasileiras vão oferecer graduação em educação rural

A Universidade de Brasília (UnB) e as federais de Minas Gerais (UFMG), da Bahia (UFBA), de Campina Grande (UFCG), na Paraíba, e de Sergipe (UFS), terão cursos de graduação que irão capacitar 250 professores que já trabalham em salas de aula da zona rural e não têm formação superior. Cada instituição abrirá 50 vagas.

O título a ser oferecido (Licenciatura Plena em Educação do Campo) faz parte de um convênio que o Ministério da Educação acaba de fechar com estas universidades públicas, por meio do Programa de Apoio à Formação Superior e Licenciatura em Educação no Campo, das secretarias de Educação Superior e de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade.

“Estamos elaborando o projeto e pretendemos iniciar o curso em junho próximo”, conta Sônia Meire Azevedo de Jesus, professora do Departamento de Educação e de Mestrado em Educação da UFS. Segundo ela, será o terceiro curso da universidade com vestibular especial para moradores do campo. Há dois anos e meio, a UFS, com apoio do
Incra, oferece curso de agronomia para 50 alunos.

A exemplo do curso de graduação em Pedagogia da Terra –, promovido pelo Programa Nacional de Educação para a Reforma Agrária do Ministério do Desenvolvimento Agrário (Pronera/MDA), parceria entre Incra, universidade e MST – esses cinco cursos funcionarão por módulos — três na universidade e outros três no campo, onde os alunos e alunas moram, e com acompanhamento de professores e orientadores pedagógicos, durante
quatro anos.

Os recursos destinados pelo MEC para a iniciativa irão custear, além da elaboração do próprio curso, o transporte, a hospedagem e a alimentação dos alunos-professores durante os quatro anos de aulas. De acordo com Antônio Marangon, coordenador-geral de Educação no Campo do MEC, “um dos grandes objetivos é que esses cursos passem a fazer parte da lista permanente das universidades”