Entidades querem impedir liberação de milho transgênico

Diante da possibilidade de aprovação pela Comissão Técnica Brasileira de Biossegurança (CTNBio) de projeto que libera para plantio e consumo diversas patentes de milho transgênico, o Greenpeace está promovendo em sua página na Internet uma manifestação eletrônica (cyber ação). O objetivo é impedir que CTNBio, pressionada pelas multinacionais produtores de semente, autorize a liberação do milho transgênico. Para participar basta acessar a página da organização e assinar a carta que está sendo endereçada aos membros da Comissão.

Além da cyber ação, o Greenpeace também tem mobilizado voluntários em algumas cidades brasileiras para protestar contra a liberação do milho transgênico. Na última segunda-feira, dia 12, os protestos foram feitos em sete capitais brasileiras.(Leia matéria)

O milho é um dos três cereais mais consumidos pelos brasileiros e muitas vezes é o único alimento do dia. Ele está presente em quase tudo o que comemos atualmente, seja em alimentos processados (que contém ingredientes como amido e xarope de milho, por exemplo), na ração de frangos e porcos, ou in natura (na espiga ou enlatado).

A liberação comercial do milho transgênico pode ter impactos muito sérios sobre as nossas lavouras e os nossos alimentos. Além dos danos ao meio ambiente, como o aumento do uso de agrotóxicos, a perda de biodiversidade e a contaminação genética, a liberação do milho transgênico pode trazer graves conseqüências econômicas para os agricultores e pode acabar com nossa opção por alimentos saudáveis e livres de modificações genéticas.

O matéria será votada na CTNBio, 14 e 15 de fevereiro, em Brasília.