Libaneses homenageiam Hariri depois de três dias de atentados

Milhares de libaneses reuniram-se nesta hoje, 14, no centro de Beirute, para lembrar os dois anos do assassinato do ex-primeiro-ministro Rafik Hariri. A capital libanesa amanheceu sob tensão, um dia após a morte de três pessoas, vítimas de um ataque a um reduto de maioria cristã.

A cor azul da Corrente do Futuro, partido a que pertencia Hariri, predominou na cerimônia oficial, que começou às 12h (8h de Brasília), no centro da capital. O governo mobilizou centenas de tropas e ergueu barreiras de concreto na Praça dos Mártires, para evitar confrontos entre os participantes da homenagem a Hariri e os integrantes da oposição.

As forças aliadas pró-governamentais, reunidas em torno da Plataforma 14 de Março, acusam o regime sírio de envolvimento no atentado contra o ex-primeiro-ministro, no qual morreram outras 22 pessoas, entre elas, o deputado Bassel Fleihan. Por outro lado, os oposicionistas protestam desde o dia 1º de janeiro, no centro da capital, exigindo a renúncia do atual governo de Fuad Siniora.

Além de lembrar o ex-primeiro-ministro e o atentado a bomba que o vitimou em 14 de fevereiro de 2005, os discursos da cerimônia oficial também defenderam a criação de um Tribunal Especial para julgar os autores do crime.

Saad Hariri, filho e herdeiro político do ex-governante assassinado, disse que o atentado de ontem, dia 13, em Beirute foi uma tentativa de impedir a homenagem a seu pai.

Além dos três mortos, pelo menos 20 pessoas ficaram feridas após a explosão de bombas, instaladas em dois microônibus que transportavam partidários do governo de Siniora, em Ein Alaq, a 35 quilômetros da capital.

Fonte: Agências Internacionais