Brasil tentará impulsionar Rodada Doha durante visita de Bush

Mylena Fiori
Agência Brasil

O Brasil deve aproveitar a visita do presidente norte-americano, George Bush, em 8 e 9 de março, para tentar impulsionar as negociações da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC), travadas desde julho do ano passado.

Na quarta-feira, 28, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, confirmou a vinda da representante de Comércio dos Estados Unidos, Susan Schwab. Ela deve ficar no Brasil até 10 de março, quando se reunirá com o chanceler brasileiro.

Brasil, Estados Unidos, União Européia, Índia, Austrália e Japão formam o chamado G 6 – grupo que lidera as negociações da OMC.

Como um dos líderes das negociações, o Brasil está mobilizando esforços no sentido de retomada das conversas. Na próxima segunda-feira, Amorim se reunirá com o ministro de Comércio indiano, Kamal Nath, em Genebra. Brasil e Índia estão à frente do chamado G 20 – grupo de países em desenvolvimento que negocia, em conjunto, questões agrícolas.

“Vamos ter uma discussão em profundidade sobre muitos aspectos. Vou ter cinco horas de conversa com ele. Para nós, o mais importante neste processo é preservar a unidade do G 20. Sem unidade do G 20 essa negociação não chega ao final”, avaliou Amorim.

O chanceler também deve se reunir com o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy. “Indo à Europa podem ocorrer outros encontros também”, adiantou.

De acordo com Amorim, as conversas seguem em outras frentes. O subsecretário de Assuntos Econômicos do Itamaraty, Roberto Azevedo, esteve na Argentina e hoje, 1°, foi para o Uruguai tratar da Rodada Doha. “Nós temos que ter um intenso diálogo”, disse Amorim.