Sem Terra marcham por Reforma Agrária em Itapetininga, SP

Os trabalhadores Sem Terra que ocupam desde domingo, dia 8, a área da empresa Suzano Papel e Celulose, no município de Itapetininga (SP), saíram na manhã de hoje, 13, em marcha até o centro da cidade. Eles exigem a aceleração do processo de Reforma Agrária no interior de São Paulo e denunciam a expansão da monocultura de eucalipto na região.

Os trabalhadores deixaram o acampamento por volta das 7 horas e chegaram ao centro da cidade às 12h. Às 14 horas os Sem Terra participam de uma audiência na Câmara Municipal de Itapetininga, com a presença de vereadores, deputados e representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

A criação de assentamentos está parada na região de Sorocaba, enquanto as empresas avançam cada vez mais sobre as terras para ampliar a produção de eucalipto e cana-de-açúcar para exportação por meio da monocultura, que desemprega os trabalhadores rurais e destrói o meio ambiente.

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) já vistoriou quatro áreas na região, que foram consideradas improdutivas, mas até agora nenhuma foi destinada à Reforma Agrária. O MST tem cerca de 4.000 famílias acampadas no estado de São Paulo.

Das quatro fazendas, duas estão com processo parado em Brasília; uma parada na Justiça por causa de recurso do latifundiário depois da assinatura do decreto; e a quarta área depende da assinatura do decreto de desapropriação pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Há ainda uma área que pertence à Secretaria de Agricultura de São Paulo, conhecida como Fazendo Peco, que aguarda assinatura de um decreto que passe a área para o Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp).