Movimentos fazem protesto contra usina no Maranhão

Movimentos sociais do campo, entre eles o MST ocuparam na manhã hoje, dia 16, a ponte sobre o Rio Tocantins, no município de Estreito, no Maranhão. Mais de mil pessoas participam da ação em protesto contra a instalação da Usina Hidrelétrica de Estreito.

Segundo os manifestantes, cerca de 8.000 camponeses e indígenas da região vão ser desalojados de suas terras com a instalação da usina, que além de tudo, não traz retorno para a população local, atendendo somente aos interesses das grandes empresas, inclusive transnacionais. Com a mobilização, diminuiu o ritmo do tráfego na BR-010, que liga Belém a Brasília.

Em frente ao canteiro de obras da usina, um grupo monta um acampamento para os manifestantes, que vão permanecer no local por tempo indeterminado contra a construção.

Participam do protesto os movimentos da Via Campesina, como MST, Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), além de indígenas do Maranhão e do Tocantins.

No município de Newton Belo, cerca de 350 famílias do MST ocuparam o latifúndio improdutivo São Benedito, de 2,7 mil hectares, para exigir a desapropriação imediata da fazenda e a criação de um assentamento no local. A truculência da Polícia Civil e a presença de pistoleiros deixaram o clima tenso.