Trabalhadores chegam à Boa Vista depois de marchar 35 km

Mais de 400 trabalhadores do MST chegam hoje à Boa Vista, capital de Roraima. A marcha que começou na segunda-feira, dia 16, do município do Cantá, tem como objetivo denunciar a impunidade no campo e pedir a realização da Reforma Agrária. Os trabalhadores caminharam mais de 35 quilômetros.

Na chegada haverá entrega de uma pauta de reivindicação ao governador de Roraima, Ottomar Pinto (PSDB), ao Banco da Amazônia (BASA) e ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Na pauta, os lavradores exigem maior atenção aos projetos de assentamento em Roraima, que padecem com a falta de estrutura física, educação e saúde.

A ação faz parte da 2ª Marcha em Defesa da Reforma Agrária e Pela Viabilização dos Projetos de Assentamento, em Roraima. Os lavradores passaram a noite em um balneário próximo à capital. O integrante da coordenação estadual do MST em Roraima, Ezequias David da Silva, lembrou que a marcha faz parte da série de protestos em todo o Brasil em memória dos 19 trabalhadores rurais mortos no Pará, em 1996.

Ao longo da caminhada, os colonos acenavam com a bandeira do MST, faixas e cartazes de protesto pedindo uma Reforma Agrária mais eficiente e que possa atender aos interesses dos agricultores. Boa parte da caminhada foi feita debaixo de chuva devido ao clima de Roraima.

Além do MST, participam da marcha colonos que vivem nos arredores do município do Cantá, do Projeto de Assentamento Nova Amazônia, na Zona Rural de Boa Vista, no Truarú, também em Boa Vista e nas vicinais dos municípios de Caracaraí e Rorainópolis.